A requalificação e expansão das Urgências Médico-Cirúrgicas no Hospital de Abrantes, do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), vai custar 2,9 milhões de euros e a empreitada “já entrou em concurso público”, segundo a administração.
"O concurso já foi publicado em Diário da República, um passo fundamental neste processo, porque sem concurso público não haveria obra, e até 18 de outubro é o momento de aguardar pelas candidaturas para depois avançar com a empreitada de requalificação do Serviço de Urgências no Hospital de Abrantes, um investimento de 2,4 milhões de euros – 2,9 milhões com IVA - e que permitirá redimensionar o espaço da Urgência Médico-Cirúrgica”, disse hoje à Lusa o presidente do conselho de administração do CHMT, que agrega as unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, no distrito de Santarém.
Casimiro Ramos explicou que, após a adjudicação da empreitada, os trabalhos “deverão prolongar-se por um ano e meio, ou seja, até 2023”, lembrando tratar-se de um investimento que “estava projetado há muitos anos” e cujo processo “foi desenvolvido pelo anterior conselho de administração”, presidido por Carlos Andrade Costa entre 2014 e maio de 2021.
Em março deste ano, Carlos Andrade Costa apresentou o projeto de requalificação do hospital de Abrantes, tendo destacado que o investimento vai permitir "adequar as Urgências Médico-Cirúrgicas às melhores práticas no âmbito do exercício de uma medicina segura, moderna e diferenciada, e com as melhores condições, quer técnicas, para os profissionais de saúde, quer para os doentes".
Para o anterior gestor, atualmente a administrar o Hospital de Vila Franca de Xira, este investimento significa um "virar de página". O financiamento, referiu então, foi aprovado “quer pelo Ministério da Saúde, quer pelo Ministério das Finanças".
O projeto global inclui ainda uma segunda empreitada, a lançar posteriormente, para "requalificação do Serviço de Gastroenterologia e de Consulta Externa" de Abrantes.
Casimiro Ramos disse hoje que esta segunda empreitada vai implicar um investimento na ordem de 1,8 milhões de euros com IVA e o que o concurso público “vai ser lançado muito em breve”, com as duas obras a avançarem em paralelo em 2021 e previsão de conclusão em 2023.
Na apresentação do projeto, o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, realçou a intervenção como "um investimento há muito tempo desejado", notando que estes melhoramentos permitem "afirmar a unidade hospitalar de Abrantes na região e no país" e dotá-la de "melhores condições para servir a comunidade e as pessoas".
Também os utentes da Saúde do Médio Tejo já se manifestaram sobre a publicação deste concurso público, congratulando-se com o que dizem ser “mais um passo na valorização do CHMT e do Serviço Nacional de Saúde”.
Manuel Soares, porta-voz, disse hoje à Lusa que este momento é “fundamental e indispensável para a concretização de uma obra há muito ansiada e aguardada por utentes, profissionais de saúde e autarcas”.
Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 260 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, Vila de Rei e Castelo Branco, do distrito de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.
Lusa