As regiões de Leiria e do Médio Tejo reforçaram a resposta nos cuidados de saúde face ao número elevado de participantes esperados para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) não elaborou nenhum plano específico para a JMJ, “mas as equipas estão em alerta e prontas para assegurar maiores níveis de afluência que possam surgir, reunindo de imediato mais meios - humanos e físicos - para o efeito, de acordo com o nível de contingência”, indica fonte do hospital à agência Lusa.
Segundo a mesma fonte, “se o nível de contingência for para além dos patamares previstos por este plano de contingência, poderá verificar-se uma situação de emergência, que exige a ativação do plano de catástrofe do CHMT”.
Durante a JMJ, perspetiva-se um número elevado de pessoas a circular pela região do Médio Tejo, pelo que o CHMT realizou “três exercícios de formação e simulacro de catástrofe nas três unidades do CHMT, para testar todos os circuitos e as equipas, no âmbito do plano de catástrofe da instituição”.
“A instituição encontra-se treinada e devidamente preparada para qualquer eventualidade”, assegura o CCHMT, ao revelar que as equipas do Serviço de Pediatria vão ser reforçadas entre 02 e 06 de agosto.
Referindo que o plano de contingência do CHMT prevê “três patamares de resposta diferenciados, consoante a pressão assistencial e os níveis de afluência às três unidades hospitalares”, a mesma fonte adianta que, tendo em conta o histórico de outras JMJ, “poderão surgir quadros de insolações, desidratações, quadros de gastrointestinais, entorses, quedas, entre outros”.
O CHMT integra três unidades hospitalares, localizadas em Abrantes, Tomar e Torres Novas.
O Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo (ACeS MT) afirma, à agência Lusa, que foi “elaborado um plano específico que prevê um conjunto de medidas para adaptação e reforço da resposta dos cuidados de saúde primários”.
Sendo a freguesia de Fátima, no concelho de Ourém (distrito de Santarém), um dos principais polos de atração, “está previsto o alargamento do horário de funcionamento da Unidade de Saúde Familiar de Fátima no fim de semana de 29 e 30 de julho, das 09:00 às 17:00, bem como no dia 05 de agosto, das 08:00 às 17:00, dia da deslocação do Santo Padre a Fátima”.
Prevê-se também um “reforço da capacidade de resposta dos centros de saúde da região do Médio Tejo, nomeadamente do Atendimento Complementar de Ourém, que funciona aos sábados e domingos das 09:00 às 19:00”.
Estarão também em funcionamento aos fins de semana os Serviços de Atendimento Complementar de Ferreira do Zêzere e Mação.
O ACeS MT refere à Lusa que “todas as unidades funcionais estão sensibilizadas e preparadas para o acréscimo de procura”, estando previsto “o reforço da capacidade de resposta à doença aguda de forma a evitar o recurso aos Serviços de Urgência”.
“Está também prevista a manutenção dos níveis de preparação e resposta das unidades de saúde durante o mês de agosto, face ao previsível prolongamento da estadia de muitos participantes estrangeiros”, adianta o ACeS MT.
O ACeS MT acrescenta que se prevê “o reforço da vigilância epidemiológica com maior sensibilidade para deteção precoce de ameaças, a formação e treino das equipas”, assim como a “avaliação e implementação de medidas de prevenção e mitigação de riscos ambientais e o reforço da literacia em saúde”.
Na região de Leiria, o diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral (ACeS PL), Marco Neves, disse à agência Lusa que os cuidados de saúde primários vão dar resposta, sobretudo, “à doença aguda, dentro do horário de funcionamento”.
“Os profissionais foram sensibilizados e os horários de atendimento foram divulgados aos participantes da JMJ. Não teremos um alargamento do horário, mas se houver um afluxo anormal ou uma sobrecarga nos serviços, os profissionais estão autorizados a trabalhar mais horas para dar a resposta necessária”, afiança Marco Neves.
Este responsável revela ainda que o ACeS PL, que integra os concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós, irá apoiar a proteção civil durante os eventos que se realizam na região de Leiria.
A Lusa contactou o Centro Hospitalar de Leiria, mas não obteve resposta às perguntas colocadas.
Lusa