Um simulador de aviação com mapas reais ou outro com tecnologia de óculos de realidade virtual têm feito ‘disparar’ a adrenalina de visitantes do Portugal Air Summit, em Ponte de Sor (Portalegre), nos últimos dias.
Neste 'voo' pela maior cimeira aeronáutica da Península Ibérica, diversos visitantes têm aproveitado para sentir as emoções de um simulador de voo criado pelo Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) e pelas Forças Armadas e que é usado para efeitos de treino.
Apoiado por mapas reais, o simulador torna bastante realista a experiência de todos aqueles que utilizam o equipamento, fazendo-os ‘voar’ sobre cidades e sempre com uma importante garantia.
“Pode experienciar uma aproximação ao controlo de um avião”, mas “com a garantia de que não cai. E não se aleija”, conta à agência Lusa, em tom de brincadeira, Helder Amaral, de 20 anos, aluno do IPS.
O mesmo estudante do 3.º ano do curso de Engenharia Mecânica, no ramo de Aeronáutica, explica que, ao ‘pilotarem’ a máquina, cuja estrutura foi toda concebida no instituto politécnico, os mais aventureiros podem imaginar-se a ‘rasgar os céus’.
“É como se estivesse no ‘cockpit’ de um avião. Dá para entender como é que a aeronave funciona, como é que se consegue controlar da forma mais aproximada à realidade”, relata.
Disponível num dos pavilhões da cimeira aeronáutica Portugal Air Summit, que está a decorrer desde quarta-feira e até domingo no aeródromo municipal daquele concelho alentejano, o simulador tem sido procurado por muitos, mais novos ou mais velhos.
“Já tivemos muitas pessoas a virem testar, desde jovens até pessoas adultas, e todos ficam impressionados com a qualidade e capacidades do simulador”, assegura Hélder Amaral.
Além de treinar pilotos militares, o protótipo foi desenvolvido com um objetivo pedagógico, pois, é usado nas aulas.
A quem passa pelo ‘stand’, Hélder e os colegas explicam que usam a máquina no seu curso, para testar “como funcionam os aviões”.
A Força Aérea Portuguesa marca também presença no evento com um simulador que oferece aos visitantes uma experiência de combate em voo, com recurso a óculos de realidade virtual.
“Já tinha experimentado realidade virtual, mas nunca nada deste género. É interessante e dá para ter a noção do que é pilotar e aprender um bocado sobre os aviões”, conta à Lusa Nuno Bairrão, de 23 anos, engenheiro mecânico numa empresa portuguesa da área aeroespacial.
A experiência foi "bastante real", porque sentiu que estava mesmo a ‘voar’, em alguns momentos até “muito pertinho do mar”, acrescenta Nuno, satisfeito por ter ‘abatido’ uns “cinco ou seis” aviões inimigos.
“Gostei muito. Através da realidade virtual e do simulador, as coisas parecem em tamanho real e temos noção do mundo à volta, o que é impossível num computador”, destaca.
Além dos simuladores, a cimeira oferece outros momentos lúdicos, como a possibilidade de aceder ao ‘cockpit’ de um verdadeiro caça militar F-16.
Adelina Fernandes foi uma das sortudas que se sentou na aeronave: "Duvido que volte a ter oportunidade de entrar num avião destes e, se não fosse este evento, provavelmente nunca iria entrar em nenhum", admite, em declarações à Lusa.
Lusa