O Centro Social Interparoquial de Abrantes vai proceder à construção de uma Unidade de Cuidados Continuados (UCC) e de uma nova igreja na Encosta da Barata.
Num investimento a rondar 1,5ME, a nova UCC vai dar resposta a pelo menos 30 utentes.
O Cónego José da Graça, responsável pelo Centro Social e Interparoquial, explicou à Antena Livre que a nova valência nasce devido ao “apelo do Papa Francisco, que pediu às dioceses e às igrejas que deixassem sinais e que perpetuassem no tempo, no espaço e na história o Ano da Misericórdia. O nome do novo espaço é justificado por isso mesmo - “Domus Misericordiae”.
“Por outro lado, faz muito sentido a construção de uma UCC, porque vivemos num concelho que está bastante envelhecido e estamos rodeados de outros concelhos nas mesmas condições e sem respostas suficientes a este nível. Quando uma pessoa em Abrantes tem necessidade de ser acolhida numa UCC nem sempre tem essa possibilidade e muitas vezes tem de procurar respostas fora e longe. Conheço um caso de um utente que teve de ir para a Nazaré”, contou o responsável.
Para além dos serviços de assistência medica e de enfermagem regulares, a nova UCC vai dar resposta às doenças de Parkinson e Alzheimer.
A construção junto ao Lar Domus Pacis “ vai beneficiar os utentes do lar numa situação de emergência, mas dará resposta pelo menos a 30 utentes. Ultrapassar este número de camas, obrigaria a um quadro de pessoal muito elevado, o que seria complicado”.
O Cónego José da Graça avançou que a obra irá iniciar “logo que possível” e que vai contar com uma candidatura ao Portugal 2020.
Nova igreja vai nascer na Encosta da Barata
José da Graça adiantou ainda à AL que vai construir uma igreja na Encosta da Barata, que crie “condições para que as pessoas possam ter um lugar de culto, onde possam rezar e sobretudo ter a presença de crianças”.
O responsável considera que é na Encosta da Barata que se encontra “a grande densidade populacional da cidade. A igreja é a ultima aparecer naquele local e eu tenho pena desse facto". Naquela zona, "muitos ocuparam as casas, outros construíram, há grandes superfícies comerciais, a Segurança Social, a GNR, os bombeiros, farmácias, etc. É ali que estão as pessoas, logo é ali que a Igreja também deve estar”, salientou.