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Carlos Andrade Costa: CHMT: É oficial. Carlos Andrade Costa deixou a presidência do Centro Hospitalar

19/05/2021 às 12:41

Já se sabia, desde abril que o presidente do Concelho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, Carlos Andrade Costa, estava de saída. O administrador hospitalar iria assumir funções no Hospital de Vila Franca de Xira, que deixa o espectro privado para entrar no Serviço Nacional de Saúde.

Esta quarta-feira, dia 19de maio, veio a confirmação oficial de que Carlos Andrade Costa já não é o presidente do Conselho de Administração do CHMT, desde dia 18 de maio.

Na mesma nota da instituição hospitalar confirma-se igualmente que o gestor hospitalar foi convidado pela “tutela para a transição do Hospital de Vila Franca de Xira para o sector público, enquanto hospital empresa pública e no âmbito da reversão da Parceira Pública Privada (PPP) que tem gerido esta Unidade Hospitalar”.

Este foi o desafio do Ministério da Saúde que Carlos Andrade Costa aceitou.

De acordo com a informação a que a Antena Livre teve acesso Carlos Andrade Costa comunicou esta mesma cessação de funções aos funcionários do CHMT agradecendo a todos: "Faço-o com a consciência de que encerro, assim, um dos períodos mais gratificantes do meu percurso profissional de quase trinta anos na gestão de hospitais. A experiência de ter servido o CHMT é inesquecível e, sinceramente, muito fico a dever a todos".

Ainda de acordo com a informação do CHMT, no texto que enviou a todos os funcionários do CHMT, Carlos Andrade Costa sublinhou o percurso realizado nos últimos quase sete anos, afirmando que "nestes seis anos e muito, pudemos acrescentar muito valor ao nosso CHMT. Desde logo no enriquecimento dos seus recursos humanos, que cresceram em valores muito consideráveis. Em 30 de junho de 2014 o CHMT contava com 1 690 profissionais no seu respetivo Quadro de pessoal. A 31 de março de 2021, já eramos 2 105. A que se acrescentará, num momento e no outro, um conjunto expressivo de prestadores de serviço”.

Numa espécie de balanço da sua passagem pelas unidades de Abrantes, Tomar e Torres Novas, o agora ex-presidente do Conselho de Administração frisou que “uma das prioridades foi, sempre, aumentar o número de profissionais diretamente afetos à prestação de cuidados, com uma muito particular preocupação no aumento do número de médicos. Tal como no desenvolvimento dos graus de idoneidade formativa de futuros especialistas médicos”.

Depois fez um olhar sobre os grandes investimentos efetuados desde 2014. Neste resumo é revelado que entre 1 de julho de 2014 e também 31 de março de 2021 foi feito um investimento de 15,6 milhões de euros. E deixa ainda uma nota para o futuro, este valor que crescerá, muito, “se considerarmos os investimentos aprovados e que se encontram agora em fase inicial, como e, por exemplo a instalação da Ressonância Magnética ou o novo aparelho de TAC. Ou, ainda, a criação da valência de internamento em Fisiatria. Já para não recordar o investimento na Requalificação da Urgência Médico-Cirúrgica. A que, ainda, acrescerá as novas instalações para o Serviço de Gastroenterologia. Com todos estas iniciativas ultrapassamos os 20 milhões de euros em investimentos”.

No balanço feito aos funcionários revelou que os investimentos na área da Imagiologia terão sido dos mais expressivos, para a seguir lembrar que “a relevância de cada um dos investimentos realizados não se mede, apenas, pela sua expressão financeira. A criação do Hospital de Dia de Medicina Interna ou a criação da Unidade de Hospitalização Domiciliária enfatizaram a importância da Medicina Interna numa prática clínica diferenciada. Como aquela que sempre distinguiu o CHMT. Medicina Interna onde muito se privilegiou a contratação de novos médicos. E neste particular o salto que demos foi muito expressivo nestes quase sete anos de trabalho conjunto”.

Carlos Andrade Costa expressou ainda um dos objetivos da sua administração que foi o de dotar cada uma das três Unidades hospitalares do CHMT com um aparelho de Tomografia Axial Computorizada e, ainda, a Urgência Médico-Cirúrgica de um aparelho de Ressonância Magnética – a primeira pública no Distrito de Santarém. “Foi um compromisso assumido como imprescindível para a inequívoca diferenciação do parque tecnológico do CHMT e aumento da segurança clínica”, acrescentou.

Em meados de abril Carlos Andrade Costa recebeu o presidente da Câmara de Abrantes para mostrar as obras em curso no Hospita desta cidade

Houve ainda a expansão e modernização dos meios técnicos ao dispor da Medicina Intensiva tal como a renovação tecnológica nos Blocos Operatórios, com particular destaque para a de Tomar.

Em Abrantes, o novo administrador do Hospital de Vila Franca de Xira, reforçou que houve o processo de início da requalificação das instalações da Urgência Médico-Cirúrgica que é muito relevante para a afirmação do CHMT.

Acrescenta ainda o gestor que haverá lugar para a construção da nova área da Consulta Externa em Abrantes, assim como a nova área de Gastroenterologia.

Carlos Andrade Costa, neste exaustivo balanço da sua passagem pelo Médio Tejo, lembrou aos funcionários o “investimento no Serviço de Patologia Clínica, muito acelerado pela pandemia, foi outro marco no CHMT e o tornou imprescindível na capacidade de testagem em toda a Região de Lisboa e Vale do Tejo”.
Em resumo, “em seis anos muito se fez, com o extremo empenho de todos. E neste último ano, ao atravessarmos toda a turbulência provocada pela pandemia, o CHMT deu a todo o Serviço Nacional de Saúde inequívocos exemplos da sua enorme maturidade Institucional e competências clínicas”.

Com Carlos Andrade Costa seguem também do CHMT para a administração hospitalar de Vila Franca de Xira a enfermeira diretora do CHMT, Ana Paula Eusébio, e Bruno Ferreira, vogal do CA do CHMT.

O novo administrador, nascido em 1965, tem licenciatura em Direito e os Cursos de Administração Hospitalar, de Auditor de Defesa Nacional e Pós-graduação em Gestão de Instituições sem Fins Lucrativos, entre outros, como o de Diretor dos Serviços de Planeamento, Programação Financeira e de Assuntos Bilaterais I, no Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Na Santa Casa de Misericórdia de Lisboa foi administrador-delegado de todos os equipamentos de cariz hospitalar da instituição. Membro de Direção dos Hospitais das Forças Armadas, Carlos Costa foi o único civil a gerir hospitais militares.

O Governo procedeu a 13 de maio à classificação do Hospital de Vila Franca de Xira no Serviço Nacional de Saúde para definir o vencimento do conselho de administração, no âmbito da sua reversão para a esfera pública.

O Governo aprovou no final de abril um decreto-lei que contemplava a passagem do hospital que serve cerca de 250 mil habitantes de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente e Vila Franca de Xira para o modelo de entidade pública empresarial.

O Ministério da Saúde informou entretanto à Lusa a composição do novo conselho de administração que, além do novo presidente terá Maria Sofia Magalhães Loureiro dos Santos como diretora clínica e Ana Paula Eusébio como enfermeira diretora.

Como vogais executivos estarão Bruno Ferreira e António Pedro Pinho Machado de Eça de Pinheiro.

Relativamente ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar Médio Tejo, a tutela apenas informa que "o processo de nomeação se encontra em curso".

(C/Lusa)

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