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Covid-19: DGS pede “muita disciplina" com máscaras para não se levar mãos à cara (C/ÁUDIO)

30/04/2020 às 00:00
imagem ilustrativa

A diretora-geral de Saúde pediu hoje “muita disciplina de não levar as mãos à cara” quando se usa máscara, notando que as sociais devem ser certificadas, pois disso depende a capacidade de filtrar o vírus da covid-19.

“Deixo aqui um grande apelo: se e quando usarem uma máscara, as pessoas devem ter muita disciplina para não levar as mãos à cara. A tendência natural de mexer na máscara acaba por lhe tirar a eficácia, porque o vírus passa para as mãos e das mãos para as superfícies”, alertou Graça Freitas na conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A responsável pediu ainda que, no caso das designadas máscaras sociais ou comunitárias, feitas em tecido, sejam usadas as certificadas, prova de que foram fabricadas “de acordo com boas práticas” e que usam material com capacidade de “filtrar partículas”.

“É importante que pessoas usem estas. O objetivo da máscara é não deixar sair partículas do vírus para o exterior”, vincou.

 

 Graça Freitas fala sobre a disciplina que temos de ter com as máscaras 

Graça Freitas observou também que, tal como em relação a outros têxteis, devem ser observadas as indicações do fabricante.

Neste caso, notou, é preciso perceber se a máscara é de “uso único” ou “reutilizável” e, neste caso, em que circunstâncias.

“Isso tem de ser seguido rigorosamente”, alertou.

A responsável pediu ainda disciplina para “colocar bem e ajustar bem” a máscara à cara. Desta forma, contribui-se para evitar “a tentação natural de levar a mão à cara” para mexer na máscara.

“Temos de aprender como fazer porque não temos tradição de usar”, referiu.

Quanto à recomendação para uso das designadas máscaras comunitárias, Graça Freitas esclareceu que Portugal esperou pela indicação do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças [ECDC].

“Aguardámos a recomendação com toda a tranquilidade, até porque já estávamos em confinamento. Seguimos regras do ECDC, que apontou para o aparecimento de uma nova classe de máscaras”, disse Graça Freitas.

Antes, acrescentou, apenas existia a indicação de “dois tipos de proteção” – as máscaras cirúrgicas e as de proteção filtrante.

“Depois é que saíram as indicações das máscaras ditas sociais, comunitárias ou de terceiro nível”, justificou.

Portugal regista hoje 989 mortos associados à covid-19, mais 16 do que na quarta-feira, e 25.045 infetados (mais 540), indica o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.

(LUSA)

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