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Covid-19: Número de infetados na região do Médio Tejo mantém-se nos três (COM ÁUDIO)

18/03/2020 às 00:00
(imagem ilustrativa)

Depois de na terça-feira se terem confirmado os primeiros casos de pessoas infetadas pelo novo coronavírus na região do Médio Tejo - um caso em Constância, um em Tomar e outro em Ourém -, o ponto de situação esta quarta-feira, por volta das 16h00, mantém-se inalterado.

A informação foi confirmada à Antena Livre pela coordenadora da Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo, Maria dos Anjos Esperança.

"Hoje estamos como estávamos ontem. Ainda estamos com os mesmos três casos e já recebemos análises do dia de ontem e não recebemos nenhum positivo", disse Maria dos Anjos.

No entanto, a responsável admite que "há vários casos suspeitos nesta região do Médio Tejo, mas não temos nenhum confirmado".

 

A coordenadora da Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo disse ainda que não tem a informação oficial sobre se o Hospital de Abrantes foi ou não já ativado como unidade hospitalar de referência para receber casos de infetados com Covid-19. No entanto, deu conta de que esta tarde decorre uma reunião em Lisboa no sentido de "apreciar a nova orientação que vai sair da Direção-Geral da Saúde e com certeza nessa altura haverá alguma alteração em relação aos hospitais de referência. 

Recorde-se que o primeiro caso identificado na região do Médio Tejo foi em Tomar, uma funcionária da Câmara Municipal cujo contágio provém de uma cadeia ativa no Norte do país. (Recorde aqui)

Maria dos Anjos explica que as entidades de saúde estão em contacto com os suspeitos que se relacionaram com o caso positivo de Tomar: "estamos a definir as que devem ou não ficar [em isolamento]. Estamos a fazer aquilo que agora ainda é possível fazer, porque se nós continuarmos a ter muitos casos, teremos que tomar outras medidas".

Já no que diz respeito ao caso de Constância, a responsável adiantou que o caso positivo é de uma pessoa que já se encontrava internada para fazer uma cirurgia cardíaca.

A responsável deu conta ainda de que há pessoas que estão a ser mandadas para casa pelas entidades empregadoras e que só podem exercer caso tenham declarações médicas. Maria dos Anjos esclarece que "essa declaração médica não é passada nem pelas autoridades de saúde nem pelos médicos de família. O empregador, se mandar a pessoa para casa, manda por sua conta em risco. As pessoas que forem entendidas por serviços de saúde como necessitando de ficar em isolamento profilático, essas pessoas serão portadoras de certificado para isolamento. As outras, só porque o empregador disse, é da responsabilidade do empregador não deixar as pessoas irem trabalhar. A pessoa não pode ser prejudicada por causa disso".

 

Recorde-se que esta quarta-feira subiu para 642 o número de infetados em Portugal por Covid-19: https://www.antenalivre.pt/noticias/covid-19-sobe-para-xxxx-o-numero-de-infetados-em-portugal/

 

Ana Rita Cristóvão

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