A ‘task force’ criou um núcleo que vai ajudar a assegurar a transição da vacinação contra a covid-19 para a vacinação contra a gripe, afirmou este sábado o coordenador daquela estrutura, Henrique Gouveia e Melo.
“Na minha ‘task force’, já preparámos um núcleo de transição que ajudará a fazer esse processo de transição para o internalizar no Ministério da Saúde, como deve ser, e passar a operações correntes e a não ser uma operação extraordinária como o foi até agora”, disse aos jornalistas Henrique Gouveia e Melo, que falava à margem das comemorações do Dia do Farmacêutico, no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra.
Segundo o responsável, o processo de vacinação deverá terminar entre o fim de setembro e o início de outubro, acreditando que a ‘task force’ terminará quando acabar também esse esforço de vacinação contra a covid-19.
Henrique Gouveia e Melo recordou que a infraestrutura usada contra a covid-19 vai manter-se disponível, “com pequenas adaptações”, para vacinar a gripe e também para vacinar quem necessitar de uma terceira dose contra a covid-19.
“Vamos continuar todos de alguma forma ligados a este processo para ajudar nesta transição, para que a transição seja suave e para que todos os portugueses beneficiem do seu sistema nacional de saúde na sua máxima extensão”, referiu, salientando que, apesar de se sair de uma crise, surge agora um período também “preocupante”, porque as máscaras e todas as restrições face à pandemia poderão ter retirado “alguma proteção natural à gripe”.
Durante a cerimónia, organizada pela Ordem dos Farmacêuticos, o coordenador da ‘task force’ realçou que sempre julgou - “até de forma 'snob’” -, que os militares tinham “o condão da entrega e da missão”.
“Vim a descobrir aqui na saúde uma humildade e uma entrega que, eventualmente, supera a dos próprios militares”, frisou.
Na cerimónia, também participaram a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, e a ministra da Saúde, Marta Temido, através de uma mensagem em vídeo.
Nessa mensagem, a ministra realçou o papel dos farmacêuticos no combate à pandemia, mas também apontou para o futuro, considerando que é altura de “continuar o caminho de tornar o Serviço Nacional de Saúde mais justo, mais inclusivo e com mais respostas de proximidade”.
Lusa