Portugal teve uma atividade gripal sistémica de “baixa intensidade” entre 23 e 29 de dezembro do ano passado, tendo o número de consultas registado uma tendência estável.
Estes dados constam do “Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe", divulgado semanalmente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
De acordo com os dados hoje revelados, a taxa de incidência da síndrome gripal foi naquela semana de 44,35 por cada 100 mil habitantes.
Segundo a informação, foi reportado um caso de internamento pelas 11 unidades de cuidados intensivos que enviaram informação e outros seis casos nas quatro enfermarias que comunicaram.
A mortalidade observada esteve de acordo com o esperado.
Por outro lado, a atividade gripal manteve uma tendência crescente na região europeia.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) estimou, num comunicado emitido em 12 de dezembro passado, que o pico da gripe seria atingido entre a última semana de dezembro e a primeira de janeiro de 2020.
Um dia antes, a Associação Nacional de Farmácias apontara o pico para entre o Natal e a segunda semana de janeiro, com base na dispensa de medicamentos e produtos de saúde para infeções respiratórias.
Há uma semana, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que Portugal está em "franca atividade" epidémica gripal, embora a sua incidência seja "bastante moderada".
Na semana 52/2019, o valor médio da temperatura mínima do ar (6,52ºC) foi 0,47ºC superior ao valor normal para o mês de dezembro.
O Sistema Nacional de Vigilância da Gripe para 2019/2020 foi ativado em outubro último e mantém-se até maio.
As autoridades recomendam a vacinação contra a gripe a idosos, profissionais e prestadores de cuidados de saúde, doentes crónicos ou imunodeprimidos e grávidas.