Os sindicatos dos médicos apresentaram hoje aos grupos parlamentares do PSD, BE e PCP seis propostas para combater os problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), entre as quais a dedicação exclusiva e a redução do horário de urgência.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) reuniram-se hoje com os grupos parlamentares destes três partidos, aos quais "manifestaram preocupação com o estado atual do SNS e reafirmaram a necessidade de valorização da Carreira Médica para atrair e reter os médicos no SNS”.
Em comunicado conjunto divulgado após as reuniões, FNAM e SIM defenderam ainda que os sindicatos dos médicos “constituem parte da solução para o problema”, apresentando seis propostas.
Rever a carreira médica para contemplar nas grelhas salariais a possibilidade de dedicação exclusiva dos médicos, uma tabela de valorização do trabalho em urgência e uma redução dos horários dos turnos em serviço de urgência das 18 horas para as 12 horas, “permitindo mais tempo para a atividade assistencial e a diminuição das listas de espera” estão entre as propostas.
Propõem ainda rever o número de utentes por médico de família, um estatuto de “desgaste rápido, risco e penosidade acrescidos para a profissão médica” e “medidas de proteção e segurança dos médicos nos seus locais de trabalho”.
“Os recentes casos de violência contra médicos são reflexo da deterioração dos cuidados de saúde e à passividade governamental na sua resolução”, criticam os sindicatos.
A 15 de janeiro as duas estruturas sindicais vão reunir-se com os grupos parlamentares do PS, CDS-PP e PAN, aguardando ainda que seja agendada uma reunião com a comissão parlamentar de Saúde.
Lusa