O Conselho Consultivo do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) reuniu esta quarta-feira, 12 de dezembro, na Unidade Hospitalar de Abrantes.
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo esteve presente na reunião do Conselho Consultivo com o objetivo de “reafirmar as propostas das populações para melhoria dos serviços”.
Em jeito de balanço desta reunião, Manuel Soares, porta-voz da Comissão de Utentes, começou por dizer à Antena Livre que “não há dúvida que o CHMT, comparando com a reorganização do eng. Esperançinha em 2012, deu grandes avanços, quer na criação de novos serviços, quer na criação de condições para se trabalhar melhor, quer no conjunto de número de cirurgias e até no número de consultas”.
O responsável avançou que “existem propostas de futuro, algumas já a concretizar que não só apoiamos, como fazemos voto para que os prazos de excussão sejam cumpridos”.
Em concreto, Manuel Soares disse estar “previsto o melhoramento da urgência do hospital de Abrantes, também a uma nova organização dos transportes e o apoio das especialidades nas urgências básicas de Torres Novas e Tomar”. Referiu que “alguns serviços se vão iniciar, no caso do internamento ao domicílio” e outros já se iniciaram como “a existência em Tomar de um novo equipamento TAC e a perspetiva da existência de um outro em Torres Novas”.
“Por último, defendemos a existência de um equipamento de ressonância magnética para servir o CHMT”, acrescentou.
Foto arquivo: Luís Alves e Manuel Soares da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo
O porta-voz da Comissão de Utentes explicou que “para que hajam melhores condições e para que a gestão seja mais agilizada, há algumas premissas que é preciso cumprir e que não dependem do conselho de administração do CHMT. Uma das situações passa por resolver os problemas crónicos dos subfinanciamentos das Unidades do Serviço Nacional de Saúde. Outro, é dar mais autonomia às administrações”. Por fim, “uma questão que para nós também tem muita importância, é a necessidade de contratação de mais profissionais no sentido de humanizar o conjunto dos serviços”.
Existem ainda duas situações que “preocupam a Comissão de Utentes da Saúde”, nomeadamente, “os problemas relativos às urgências, que quando há picos, os serviços acabam por se degradar e prejudica-se a imagem do CHMT, especialmente a do hospital de Abrantes, que tem o serviço médico-cirúrgico. E as questões relativas às listas de espera”.
“É um facto que isto é um trabalho que não se pode fazer num clic. É um trabalho que se tem de ir fazendo como muita perseverança, com uma meta estratégica perfeitamente definida e envolvendo todos os atores da região”, considerou o responsável.
Por último, Manuel Soares descreveu uma situação à Antena Livre que a Comissão de Utentes “não considera aceitável” e que segundo afirmou foi presenciada no dia da reunião do Conselho Consultivo: “Não achamos aceitável que os bombeiros, que transportam doentes que os levem para a praça central do hospital de Abrantes, onde estão estacionadas as ambulâncias, ou inclusive que levem os doentes para os lugares de estacionamento que estão no local oposto à urgência”, vincou.
“Ainda na quarta-feira, depois do conselho consultivo, dirigimo-nos à urgência e verificámos que uma ambulância parou na praça central, no sentido oposto à entrada da urgência. Tiraram uma maca, que transportava uma senhora idosa e a senhora fez aqueles 30 metros até à porta da urgência”, afirmou Manuel Soares.
“Questionei porque é que a ambulância não vinha até à porta e deixava o doente. O que nos foi respondido era que na entrada do hospital muitas vezes estavam pessoas a fumar, a beber café (…) e que aquele espaço era somente para questões de urgência”, contou Manuel Soares, tendo referido que ficou sem perceber e que a Comissão de Utentes iria reportar a situação ao conselho de administração do CHMT, tal como já o fez noutras situações.