O PSD de Abrantes publicou esta tarde, na sua página oficial do Facebook que “da noite para o dia e sem aviso prévio, a USF D. Francisco de Almeida localizada no centro de Abrantes, viu-se privada de metade do seu efetivo”.
Revela o PSD neste comunicado que “entre médicos, enfermeiros e administrativos, terão abandonado aquela unidade, 9 dos 17 elementos que a compunham”. No mesmo texto, a concelhia social-democrata deixa algumas perguntas, como o que “terá feito a tutela e a Câmara Municipal para evitar um rombo de tal dimensão”. E acrescentam no mesmo comunicado da rede social que são “milhares de utentes que ali eram servidos, quer os da zona urbana da cidade, quer sobretudo os das freguesias rurais e periféricas”.
Os social-democratas salientam ainda que haverá prejuízos no acesso aos cuidados de saúde, como no transtorno em termos de mobilidade. “Deixamos a má notícia e esperamos rápida explicação e solução”, conclui a concelhia de Abrantes do PSD.
Contactado pela Antena Livre, o líder da concelhia do PSD, José Moreno, confirmou esta saída de metade dos profissionais que regressaram aos centros de saúde de origem, mas não causando prejuízos aos utentes. O dirigente político explicou que os médicos levam consigo o ficheiro de doentes e que o utente que pretenda uma consulta terá de ir ao local onde está o seu médico de família ou então fazer um pedido de transferência para continuarem na USF.
Esta é uma situação que não é nova e que tem a ver com questões de divisões internas na Unidade de Saúde Familiar.
A mesma questão já foi levantada em reunião do executivo municipal pelo vereador do Bloco de Esquerda, Armindo Silveira, tendo na altura, a 21 de janeiro, tido como resposta do presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, que estava em curso uma reestruturação técnica na USF por parte da tutela, ou seja, o ACES do Médio Tejo.
Contactado pela Antena Livre, esta tarde, Manuel Jorge Valamatos voltou a referir que estará em curso uma reestruturação da Unidade de Saúde Familiar por parte do Agrupamento de Centro de Saúde do Médio Tejo e que tem de ser o ACES a explicar essas alterações. O autarca referiu que tem a informação que nenhum utente vai ficar sem assistência e que aguarda que sejam colocados outros profissionais em substituição dos que terão saído esta semana.