O movimento ALTERNATIVAcom criticou esta quarta-feira o Município de Abrantes por este se ter associado a uma ação da Infraestruturas de Portugal de limpeza junto à linha férrea da Beira Baixa, nomeadamente na freguesia de Tramagal e União de Freguesias de S. Miguel e Rossio. Escreve o movimento em comunicado que o Município de Abrantes acaba por “legitimar a aplicação deste herbicida por parte do consórcio IP – Infraestruturas de Portugal e Somafel/Floresta Bem Cuidada.”
Revela o movimento que o herbicida Touchdown Premium – cujo princípio ativo é o Glifosato – é um “fitofarmacêutico é não seletivo e mata todo o tipo de plantas, tendo a sua toxicidade efeitos duradouros nos organismos aquáticos. Apesar de permitido na União Europeia até 15 de dezembro de 2022, o Glifosato está proibido em vários municípios e freguesias em Portugal e noutros países europeus, pelo perigo potencial que representa para o ambiente e para a saúde humana e animal.
O ALTERNATIVAcom diz entender que a eliminação de ervas daninhas deve ser feita de forma responsável e sustentável, preservando a saúde pública e o ambiente, “razão pela qual acompanhamos o exemplo dos municípios e freguesias que já abandonaram a aplicação do Glifosato e optaram pela monda mecânica ou térmica – casos de Alcanena, Mafra, Seixal, Nazaré, Guimarães, Porto e muitos outros – ainda que esta solução possa, para já, revelar-se mais custosa e um pouco menos eficaz (ficaremos atentos a soluções inovadoras que possam vir a melhorar esta relação custo-benefício).”
Em modo de conclusão o movimento liderado por Vasco Damas quer que o executivo justifique “publicamente” o apoio e a legitimação da IP na aplicação deste produto.
Recorde-se que a IP emitiu uma informação a dar conta da aplicação do herbicida Touchdown Premium nestas duas freguesias no dia 30 de junho, tendo o Município divulgado a informação nos seus canais digitais.