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Linha Beira Baixa: Associação Rotas de Mação quer comboio a vapor na linha da beira baixa (C/ÁUDIO)

25/05/2021 às 09:29
DR (locomotiva a vapor linha do Douro)

A Associação das Rotas de Mação quer colocar em circulação na linha da Beira Baixa, entre o Entroncamento e Vila Velha de Ródão uma locomotiva a vapor, naquilo que seria um produto turístico de excelência, como já existe na linha do Vouga e do Douro.

Nesse sentido, o presidente da Associação das Rotas de Mação, Leonel Mourato, que é igualmente um apaixonado pelos comboios teve conhecimento de que nas oficinas do Entroncamento existirá uma locomotiva a vapor, “irmã” das que estão a circular nas duas linhas “turísticas” do norte do país. Por isso terá tentado saber junto da CP da viabilidade de recolocar a locomotiva em circulação, para criar uma rota turística à beira Tejo.

Leonel Mourato abordou dois deputados da Assembleia da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo que ontem levaram o assunto à sessão, como forma de recomendação para que possa vir a ser equacionada esta operação de âmbito regional.

José António Almeida, do PSD, frisou que foi contactado pelo presidente da Rotas de Mação no sentido de, como deputado intermunicipal, fazer “tudo o que pudéssemos pela linha da Beira Baixa”. José António Almeida frisou que tem conhecimento de que existe uma locomotiva a vapor no Entroncamento que poderia ser colocada em circulação nesta linha transformando-a em atração turística.

O deputado intermunicipal deixou um pedido à presidente do Conselho Executivo: como está a começar um novo quadro comunitário e que tem apoios para a área do turismo a Comunidade deveria fazer os possíveis para a recuperação desta locomotiva e encontrar financiamentos para criar esta oferta turística.

José António Almeida, deputado intermunicipal PSD

Também o deputado intermunicipal socialista de Mação, João Filipe, revelou que foi abordado pelo presidente das Rotas de Mação, garantindo que não conversou com o deputado José António Almeida. Ainda para mais a assembleia decorreu no misto presencial para a mesa e líderes de bancada e por videoconferência para os restantes eleitos.

João Filipe secundou aquilo que foi a ideia apresentada por José António Almeida e foi mais longe referindo que o “problema neste momento é a recuperação de uma locomotiva que está parada há mais de dez anos nas oficinas da EMEF no Entroncamento”. João Filipe revelou ainda que esta locomotiva terá de sofrer uma transformação para circular a diesel, tal como as “irmãs” do Vouga, Douro e essa operação só pode ser feita em Inglaterra. E adiantou ainda os eventuais custos, qualquer coisa como um milhão de euros.

João Filipe deu mais uma nota que o engenheiro da EMEF, José Carlos Barbosa, um dos responsáveis pelo material circulante ficou de falar com os superiores na ferroviária no sentido de se agendar uma reunião entre CP e Comunidade Intermunicipal. João Filipe deixou esse mesmo pedido à presidente da Comunidade Intermunicipal, Anabela Freitas, para reunir com a CP por forma a avaliar esta ideia.

João Filipe, deputado intermunicipal PS

Anabela Freitas, presidente da Comissão Executiva da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, revelou que foi a primeira vez que ouviu falar neste assunto.

Não o descarta, frisando que não está contra a que o mesmo possa ser analisado no sentido de criar um novo produto turístico. Mas deixou a nota de que será um investimento elevado terá de ser equacionado.

Anabela Freitas manifestou disponibilidade para conversar sobre a CP e equacionar a criação deste novo produto turístico.

Anabela Freitas, presidente CIMT

A ideia partiu do presidente da Associação das Rotas de Mação, Leonel Mourato, que “pediu” intervenção dos deputados intermunicipais José António Almeida (PSD) e João Filipe (PS) para fazerem subir a ideia à comunidade intermunicipal. E a ideia parece ser simples. Recuperar uma locomotiva a vapor, parada nas oficinas no Entroncamento, e colocá-la na linha da Beira Baixa, entre o Entroncamento e Vila Velha de Ródão, como oferta de produto turístico. A recuperação em Inglaterra com um custo de um milhão de euros poderá ser a maior dificuldade para a operação.

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