A Caravana pela Justiça Climática 2022 arranca hoje na Figueira da Foz e até 16 de abril vai cumprir mais de 400 quilómetros para debater problemas como a desertificação, incêndios e seca.
Mais de 20 organizações portuguesas e pessoas singulares organizaram-se num coletivo para arrancar com a denominada Caravana pela Justiça Climática, propondo percorrer a zona centro do país com debates e iniciativas para denunciar violações e promover a defesa do ambiente, numa ação que culminará no dia 16 com uma manifestação em Lisboa.
A organização, numa nota enviada à agência Lusa, afirma que perante a crise climática atual e em situação de seca e desertificação de algumas zonas do país, “é preciso agir” o quanto antes.
A caravana assinalará a sua partida na praia da Leirosa, a sul da Figueira da Foz, às 11:30, passando depois por várias zonas do centro do país até à sua chegada ao Parque das Nações, em Lisboa.
O percurso passará inicialmente pela Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Coimbra, Miranda do Corvo, Ferraria de São João, Pedrógão Grande, Sertã, Proença-a-Nova, Foz do Cobrão e Vila Velha de Ródão e, numa segunda fase, predominantemente de comboio, seguirá por Mouriscas, Pego, Constância, Vila Nova da Barquinha, Vale de Santarém, Cartaxo e Alhandra, até Lisboa.
Segundo a organização, a iniciativa conta com a participação das associações Acréscimo, Basta de Crimes Ambientais, Casa de Pedrógão Grande, Climáximo, Colinas do Tejo, EcoCartaxo, EcoMood Portugal, Movimento Urânio em Nisa Não, Movimento Ecologista do Vale de Santarém, Movimento Cívico Ar Puro e ProTejo.
A Associação Reforma Florestal Já!, Pólen, TROCA – Plataforma por um Comércio Internacional Justo, Movimento Ibérico Antinuclear, Loving the Planet, Greve Climática Estudantil, Gravito Healing and Retreat Centre, Flying Sharks, ClimAção Centro, APECE, Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG) e Associação de Pais do AE de Pedrógão Grande também integram a caravana.
Durante a caravana serão organizadas diariamente assembleias e debates com as populações locais.
A organização diz ainda que “serão apontados alguns dos principais responsáveis pela crise climática em Portugal (acusando nomeadamente a Navigator Company, Trustenergy, Celbi, CIMPOR e Celtejo), com a denúncia do avanço de projetos e infraestruturas catastróficas, como as barragens de Alvito e do Pisão e o Projeto Tejo, que propõe um novo ‘Alqueva do Tejo’".