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Incêndios: Cinco mil operacionais destacados face a aumento de risco - Proteção Civil

10/06/2022 às 12:00
© Global Imagens

Cerca de cinco mil operacionais vão estar destacados para responder nos próximos dias ao aumento de risco de incêndio, com maior incidência em seis concelhos, devido à subida da temperatura, informou a Proteção Civil.

Em conferência de imprensa, que decorreu esta tarde na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o 2.º comandante operacional nacional, Miguel Cruz, deu conta de um reforço de meios nos próximos dias, numa altura em que estão em perigo máximo de incêndio os concelhos de Bragança e Torre de Moncorvo (Bragança), Sabugal (Guarda), Castelo Branco, Penamacor, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Sertã e Vila de Rei (Castelo Branco).

“Vamos ter um aumento de perigo de incêndio, em virtude de uma corrente do leste que nos tratará um incremento da temperatura, associado a uma intensidade do vento. No sábado e no domingo poderá ocorrer trovoada, o que é sempre um fator de preocupação, porque se não ocorrer precipitação poderá originar ignições”, alertou.

Segundo Miguel Cruz, “o dispositivo de combate a incêndios florestais vai ser incrementado para o nível amarelo” e feito um incremento de âmbito nacional nos concelhos de maior risco, com a presença de três grupos de reforço de combate a incêndios florestais dos corpos de bombeiros, que serão localizados nos distritos de Vila Real, Castelo Branco e Faro.

Haverá ainda um incremento de meios das forças permanentes da força especial da proteção civil, com presença nos distritos de Castelo Branco, Guarda, Braga e Santarém e da unidade de intervenção da GNR.

“Naturalmente teremos também aqui um enfoque importante para a vigilância, coordenado pela Guarda Nacional Republicana, e um papel de intervenção de todos os agentes do dispositivo da qual fazem parte as equipas de sapadores florestais e os bombeiros, num total efetivo de cerca de cinco mil operacionais que estarão neste momento preparados para responder a todas as situações que venham a acontecer”, apontou.

De forma a prevenir o risco de incêndio, o responsável da ANEPC chamou a atenção para a adoção de um conjunto de comportamentos “responsáveis”, apelando às pessoas para “evitar o uso de fogo em todas as atividades que possam originar ignições” e lembrou que estão proibidas as queimadas e a utilização de maquinaria em espaços florestais localizados em zonas de maior risco de incêndio.

Seis concelhos dos distritos de Faro, Santarém e Castelo Branco estão hoje em perigo máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O IPMA colocou também vários concelhos dos distritos de Faro, Évora, Beja, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Guarda, Lisboa, Leiria, Coimbra, Viseu, Vila Real e Bragança em perigo muito elevado e elevado de incêndio.

O perigo de incêndio vai manter-se elevado em algumas regiões do continente pelo menos até segunda-feira devido à previsão de tempo quente, prevendo-se temperaturas máximas entre 30 e 35 graus Celsius, com valores mais elevados, da ordem de 40 graus, na Beira Baixa, vale do Tejo e interior do Alentejo.

A ANEPC determinou a passagem ao Estado de Alerta Especial (EAE), nível Amarelo, para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), entre o período compreendido entre as 00:00 horas do dia 10 e as 23:59 do dia 14 de junho, para todos os distritos do continente.

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