Todos os anos, a cada 1 de dezembro, a centenária Filarmónica Riomoinhense, sai da sua sede e percorre todas as ruas da aldeia a tocar a Marcha da Restauração. Apenas e só a marcha de saudação da independência de Portugal.
E este ano, depois dos interregnos da pandemia, os 32 elementos da banda da Sociedade Filarmónica de Educação e Beneficência Riomoinhense voltaram a vestir as fardas, a pegar nos instrumentos e percorreram todas as ruas de Rio de Moinhos numa jornada que decorreu ao longo de toda a manhã.
Ana Cristina Matos, presidente da Sociedade, explicou à Antena Livre que este foi o regresso de uma tradição da banda de percorrer as ruas a tocar a Marcha da Restauração. Não há outras marchas ou peças nesta arruada, trata-se apenas de um Hino que assinala a Independência de Portugal, feito de 1640.
Ana Cristina disse que as pessoas, ao ouvirem a banda, saem à rua para aplaudir os músicos. O 1.º de Dezembro, a par do 1.º de Maio, são datas que levam a banda a saudar a população da aldeia que a viu nascer há mais de uma centena de anos.
A pandemia da Covid-19 veio trazer problemas e esta filarmónica, tal como a todas as outras. Foram dois anos de recolhimento que não permitiram ensaios ou recrutamento de novos membros, pelo que Ana Cristina, explicou que a direção foi bater à porta dos músicos mais antigos e fazer com que regressassem à banda. E isso, confirmou, foi conseguido. Ana Cristina revela com orgulho que a filarmónica tem 32 músicos “e todos de Rio de Moinhos.”
Ana Cristina Matos, presidente Filarmónica Riomoinhense
Neste 1.º de Dezembro a Filarmónica Riomoinhense voltou às ruas de Rio de Moinhos para saudar os habitantes com o Hino da Restauração.