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Incêndios: Fogo de Castelo Branco está estabilizado (c/áudio)

6/08/2023 às 13:47

O perímetro do incêndio que deflagrou na sexta-feira, em Castelo Branco está neste momento estabilizado, sem qualquer frente ativa e com quatro pontos quentes que “merecem maior preocupação”, informou hoje o Comando Regional de Proteção Civil do Centro.

“A área ardida estimada é de 7.000 hectares, mas o potencial deste incêndio aponta para mais de 20 mil hectares. O foco, neste momento é não deixar haver novas reativações com período superior a 15 minutos”, referiu o segundo Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Guilherme, num ‘briefing’ sobre o ponto de situação do fogo às 11:30.

“Infelizmente temos a registar até ao momento 11 feridos ligeiros”, adiantou.

O incêndio deflagrou na tarde de sexta-feira, na localidade de Carrascal, Santo André das Tojeiras, concelho de Castelo Branco e progrediu para o concelho vizinho de Proença-a-Nova.

José Guilherme adiantou que no terreno vão manter-se os mais de mil operacionais que “estão a conseguir a estabilização do perímetro do terreno. Os quatro pontos quentes são entre Pedra Altar e Foz do Cobrão, a oeste de Gaviãozinho, a este de Carregais e entre Catraia Cimeira e Aldeia Cimeira”, todos no concelho de Proença-a-Nova.

“Estamos a falar de uma área muito grande [60 quilómetros de perímetro], com populações dispersas. Não houve necessidade [durante a noite] de evacuações. Muitas habitações devolutas e anexos foram danificados, mas felizmente não há primeiras ou segundas habitações danificadas”, sublinhou.

O segundo comandante da proteção civil adiantou ainda que neste momento não existem quaisquer vias de comunicação interditas ou encerradas à circulação rodoviária, mas deixou um apelo para que as pessoas utilizem essas vias só em caso de necessidade, uma vez que continuam por lá a circular muitas viaturas da Proteção Civil e de outras entidades que se encontram no combate ao incêndio.

José Guilherme

“O combate está a evoluir muito favoravelmente e prevemos que nas próximas horas, a manter-se assim, no final do dia façamos uma nova avaliação. Tudo depende das condições meteorológicas e do vento, sobretudo. O foco vai ser nos quatro pontos para evitar reativações mais fortes”, concluiu.

À hora do ‘briefing’, o incêndio mobilizava 1.030 operacionais, apoiados por 359 veículo, 16 máquinas de rasto e dois meios aéreos (aviões Fire Boss).

Lusa

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