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Incêndios: PT repôs mais de 1.000 quilómetros de cabos e 12.000 postes ardidos

25/08/2017 às 00:00

A PT/Altice anunciou ontem que repôs nos últimos dois meses e meio mais de 12.000 postes ardidos e mais de 1.000 quilómetros de cabos queimados por incêndios em cerca de uma centena de concelhos.

“Desde junho, tivemos no terreno mais de 1.500 pessoas envolvidas, para dar resposta rápida e eficaz à reposição dos mais de 12.000 postes ardidos e mais de 1.000 quilómetros de cabos queimados”, informou Alexandre Fonseca, chefe do gabinete tecnológico da PT/Altice, numa conferência de imprensa em Lisboa, onde fez o balanço sobre o trabalho realizado nestes últimos dois meses e meio devido aos incêndios.

De acordo com Alexandre Fonseca, as intervenções decorreram “em mais de uma dezena de distritos e perto de uma centena de concelhos”.

Só na “Operação Pedrógão Grande”, que abarcou seis concelhos da região Centro e uma área ardida de 53 mil hectares, a PT registou mais de 500 quilómetros de cabo de cobre e de fibra ótica ardida (de um total de 1.350 quilómetros de cabos em traçado aéreo que a empresa tem na região), pelo que “mobilizou, de forma imediata, mais de duas centenas de pessoas e 100 viaturas para o terreno”, tendo em conta “a dimensão dos fogos e os cerca de 13 mil clientes existentes nesta área”.

“Resultaram destes esforços a recuperação de 98% dos nossos serviços num período de quatro dias e meio, com ações de recuperação a decorrer ainda com fogos ativos”, afirmou, salientando que “a esmagadora maioria da rede e dos serviços foram recuperados em menos de uma semana”.

Além de Pedrógão Grande, foram feitas intervenções “em menor quantidade” nos concelhos de Mação, Ferreira do Zêzere, Sertã, Gavião, Castelo Branco, Tomar, Mangualde, Oliveira do Hospital e nos demais concelhos afetados pelos incêndios nestes últimos meses.

A PT/Altice realçou ainda a cedência de mais de uma dezena de telefones satélite e a colocação em pontos estratégicos de 17 unidades transportáveis de rede móvel para uso e apoio dos autarcas de freguesia para servir as comunidades locais, os centros de saúde e extensões de saúde, polos da Segurança Social, municípios e outros organismos de serviço público, “mesmo que não clientes da PT”.

O responsável destacou ainda que “o denominador comum da operação no terreno foi sempre, quando possível, a rápida reposição do serviço, o aumento da resiliência em pontos-chave e a criação de redundâncias adicionais a esta quando [a empresa se deparou] com inequívocas impossibilidades”.

Dados provisórios da Proteção Civil, conhecidos a 16 de agosto, indicam que os incêndios florestais tinham consumido pelo menos 141 mil hectares, mais 26 mil hectares do que no ano anterior, desde o início deste ano.

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado, pelo menos, 64 mortos e mais de 200 feridos. Ambos foram extintos uma semana depois.

A área total destruída por estes incêndios na região Centro corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares. As chamas consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 imóveis, dos quais mais de 200 eram casas de primeira habitação.

Os prejuízos diretos destes fogos ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

Lusa

 

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