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Incêndios | Várias frentes ativas em Mação geram preocupação com aldeias na linha de fogo

25/07/2017 às 00:00

As altas temperaturas, o vento e a dispersão de meios, com algumas aldeias “na linha de fogo” de um incêndio com “várias frentes”, continuam a gerar preocupações em Mação nas freguesias de Mação, Carvoeiro, Cardigos e Envendos.

“A situação continua muito grave, com vento e temperaturas muito elevadas a dificultar a ação de combate dos bombeiros, sendo as mais complicadas na freguesia de Mação, em Mantela, de Carvoeiro, onde a sede de freguesia esteve isolada e sem água, luz e telecomunicações, e em Envendos e Cardigos, com algumas aldeias ainda na linha do fogo”, disse à agência Lusa, cerca das 16:00, o presidente daquela autarquia do distrito de Santarém.

Segundo Vasco Estrela, as principais dificuldades no combate às chamas “são as altas temperaturas, o vento, as pequenas aldeias no meio da floresta, e as várias frentes do incêndio e a consequente dispersão de meios”.

Com cerca de oito mil habitantes, o município de Mação ocupa um território de 400 quilómetros quadrados, 90% do qual com uma densa mancha florestal, e com mais de 120 pequenos lugares e aldeias dispersas por todo o concelho.

A ação no terreno, neste momento, divide-se entre o “combate ao fogo e à defesa e proteção de pessoas e habitações”, acrescentou o presidente da autarquia.

Aos bombeiros, que combatem as chamas e defendem ao mesmo tempo pessoas e bens, juntaram-se a trabalhar no terreno, desde domingo, profissionais do INEM, Segurança Social, GNR, Misericórdia, e outras instituições e muitos populares, num “constante vai vem a transferir as pessoas mais idosas para diversos lares e para locais mais seguros”, com o apoio de diversas ambulâncias, destacou o autarca.

“As pessoas e as instituições têm sido incansáveis neste vai vem constante e já ajudaram a colocar em segurança, em diversos lares e outros espaços, cerca de 150 pessoas de mais de uma dezena de aldeias, ao longo destes dois dias”, disse o presidente da Câmara de Mação, tendo feito notar que “a situação continua muito difícil, com várias aldeias em risco e muito, muito trabalho por fazer”.

O incêndio da Sertã, que deflagrou no domingo à tarde e que se estendeu depois a Mação e Proença-a-Nova, estava a ser combatido às 16:00 por 1090 operacionais, apoiados por 328 viaturas e 10 meios aéreos, segundo a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Duas novas ocorrência em Mação, em Mantela e Ortiga, mobilizavam às 12:30, 68 operacionais, 20 viaturas e um meio aéreo, segundo a ANPC. O incêndio de Ortiga foi dado como “em resolução” cerca de uma hora mais tarde, e o de Mantela, no território da União de Freguesias de Mação, Penhascoso e Aboboreira, continua ativo e mobilizava, às 16:00, 145 operacionais, apoiados por 43 viaturas e dois meios aéreos.

Na Sertã, à mesma hora, a situação operacional circunscrevia-se a “rescaldos e consolidação” do incêndio que deflagrou naquele município de Castelo Branco no domingo à tarde e que alastrou ao vizinho município de Proença-a-Nova, ainda em Castelo Branco, e a Mação, já no distrito de Santarém, disse à Lusa o responsável pela Proteção Civil Municipal da Sertã.

“Está tudo tranquilo, em operações de rescaldo e consolidação em todo o perímetro do incêndio, havendo a registar apenas pequenos reacendimentos. Na Sertã estamos tranquilos mas todos muito atentos”, frisou Rogério Fernandes, que também é vice-presidente da autarquia.

Lusa

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