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Vila de Rei: Ministra garante realização de encontro nacional na área da Igualdade até final do ano (c/áudio)

31/07/2024 às 09:35

A ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, esteve presente na inauguração da Feira de Enchidos Queijo e Mel, onde destacou o facto de Vila de Rei se ter distinguido em várias áreas, como no caso da igualdade. 

A ministra referiu que, antes de chegar à Câmara, fez questão de “visitar uma das respostas do concelho na área da igualdade, em particular na área da violência doméstica. E adiantou que quando, há umas semanas, a entidade que coordena a nível nacional a área da igualdade perguntou-me que Município fazia sentido receber o encontro nacional para promover as boas práticas autárquicas em prol da igualdade eu escolhi o município de Vila de Rei que foi já reconhecido no passado por essas mesmas práticas. E tem aqui uma instituição, neste caso uma fundação, que tem um trabalho inacreditável, de surpreendente e de positivo. Eu tenho a felicidade de ter já visitado ao longo destes quase quatro meses de mandato”.

A governante referia-se à Fundação Garcia que desde 2021 ajuda e apoia as vítimas de violência domestica. Margarida Balseiro Lopes destacou que “na área da violência doméstica foi provavelmente a organização onde eu vi melhores condições do ponto de vista técnico e do ponto de vista de apoio a estas vítimas”.

 

Margarida Balseiro Lopes, ministra Juventude e Modernização

Em declarações à rádio Antena Livre, a ministra da Juventude revelou que “vai haver um evento que é de âmbito nacional na área da igualdade e que será em Vila de Rei, até ao final deste ano e que será oportunamente divulgado.” E acrescentou que “uma das maiores preocupações que tenho, como ministra na área da igualdade, é a violência doméstica e este é um território que tem, de facto, respostas com qualidade. Para nós é muito importante valorizar esse tipo de respostas que passam desde logo pela proteção, pelo acolhimento, pelo apoio de várias ordens às vítimas de violência doméstica e precisamos, de facto, de generalizar estes bons exemplos a todo o país. Temos várias respostas, casas abrigo temos 38 a nível nacional e temos algumas que precisam de alguma intervenção. Nos últimos anos tem faltado nesse aspeto alguma capacidade de apoio a estas organizações”

Quanto às organizações, referiu que “quando assumimos funções, não sabíamos haver organizações com falta de financiamento desde junho de 2023 portanto, temos também aqui prioridade que é reestabelecer o financiamento estas instituições. Mas temos depois esta preocupação de sinalizar também os bons exemplos e de promover e de apoiar. Portanto, foi com essa preocupação que já tinha agendada a vinda a Vila de Rei para a abertura deste avento, mas tenho esta preocupação de procurar conciliar”.

Ao nível das respostas, tem “conhecido as várias respostas na área da igualdade, desde respostas de emergência, casas abrigo, apartamentos de autonomização. Respostas na área do atendimento às vítimas, também respostas na área das forças de segurança. Estivemos em Cantanhede, portanto estivemos com a GNR em Cantanhede e com a PSP no Algarve que dão apoio muito importante. No caso de Portimão, por exemplo, tem a interligação com a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) que tem mesmo gabinetes dentro da esquadra. É de facto uma das áreas mais importantes na área da igualdade é claramente a minha prioridade.”

Apesar de ser “uma área onde tem havido mais sensibilização, não tem significado uma redução dos números, nem ao nível das denúncias, das ocorrências, é o crime mais reportado. No ano passado foram mais de 30 mil, e depois ao nível das vítimas mortais, primeiro trimestre deste ano, tivemos nove vitimas”.

 

Margarida Balseiro Lopes, ministra Juventude e Modernização

Apontando para as áreas de trabalho, referiu que “temos que trabalhar na prevenção, e na erradicação deste fenómeno, mas temos também de trabalhar melhor a forma como nós apoiamos estas vítimas, maioritariamente mulheres, como sabemos, a forma como as apoiamos nas várias fases do processo, desde logo na sua autonomização. Nós temos de facto vitimas que ficam demasiado tempo em casas abrigo não tem respostas ao nível de apartamentos para que possam reiniciar as suas vidas e o Estado tem uma obrigação de fazer mais do que tem feito”.

Cristiana Farinha e Jerónimo Belo Jorge

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