A Net.mede realizou no ano passado 1,2 milhões de testes à velocidade da Internet, com uma média de 3.331 testes diários, divulgou hoje a Autoridade Nacional de comunicações (Anacom).
Do total de testes realizados em 2021, mais de dois terços (73%) foram realizados em acessos fixos nacionais de clientes residenciais e 19% em acessos móveis.
"Os restantes testes tiverem origem em acessos identificados como não residenciais (7%), associados a operadores estrangeiros (0,1%) ou indefinidos (2%)", adianta o regulador.
O número de testes no ano passado recuou 14% face a 2020 (menos 202 mil testes), "ano que tinha sido marcado por um maior número de testes na sequência das medidas restritivas associadas à pandemia covid-19", refere a Anacom, no comunicado.
"O período da tarde foi o momento preferencial para a realização dos testes, seja em acessos fixos residenciais ou móveis, com maior incidência entre as 15:00 e as 22:00, resultado da alteração do padrão de consumo de Internet, que se começou a verificar sensivelmente a partir de março de 2020, provocado pelo impacto da pandemia", acrescenta.
"Foram apurados testes de velocidade associados a acessos fixos residenciais em 307 dos 308 concelhos de Portugal durante o ano de 2021 – apenas o Corvo não registou testes" e nos acessos móveis "foram apurados testes em 306 concelhos – nas Lages das Flores e em Santa Cruz das Flores não se registaram testes móveis", aponta o regulador.
As regiões da Área Metropolitana de Lisboa (AML) e Norte "registaram o maior número de testes no caso dos acessos fixos e as regiões Norte e Centro no caso dos acessos móveis".
Lisboa foi o concelho "com o maior número de testes à velocidade no ano 2021, quer em acessos fixos residenciais quer em acessos móveis" e Sintra "foi o segundo concelho com mais testes em acessos fixos residenciais e Abrantes em acessos móveis".
Os resultados "demonstram que metade dos testes à velocidade realizados em 2021 atingiram, no 'download', pelo menos 79 Mbps nos acessos fixos residenciais e 10 Mbps nos acessos móveis; no 'upload', os resultados foram de 44 Mbps ou mais nos acessos fixos residenciais, e 5 Mbps ou mais nos acessos móveis".
A AML "apresentou os melhores resultados medianos medidos ao nível do download (93 Mbps) nos acessos fixos", sendo que no 'upload' "o melhor resultado verificou-se na Região Autónoma da Madeira (56 Mbps)" e o "Alentejo registou os valores mais baixos no 'download' (67 Mbps) e o Algarve os valores mais baixos no 'upload' (41 Mbps)".
Nos acessos móveis, "ao nível do 'download', a Região Autónoma dos Açores apresentou o melhor resultado mediano (15 Mbps), seguida da Área Metropolitana de Lisboa, do Alentejo e da Região Autónoma da Madeira, todos entre 10 e 11 Mbps cada".
O Algarve teve o "o valor mais baixo no 'download' (8 Mbps)" e no "'upload' os valores mais altos foram apurados na Região Autónoma dos Açores (9 Mbps) e o mais baixo na Região Algarve (5 Mbps)".
Lusa