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Esta terça-feira despertou com um céu enevoado em tons amarelados que causou alguma estranheza. Ao longo da manhã começou a notar-se, principalmente em cima dos automóveis, um pó acastanhado.
O que se passa é que a tempestade “Célia”, que está a afetar diretamente a Madeira com mau tempo, está a enviar para a Europa, com incidência em França, Espanha e Portugal, ventos com poeiras do Sahara, que “pintam os céus” com tons estranhos.
De acordo com as indicações meteorológicas esta poeira em suspensão terá nos dias de quarta e quinta-feira os seus maiores índices.
As informações disponíveis indicam que os ventos da depressão “Célia” que funcionam em sentido contrário aos ponteiros do relógio vão transportar estas poeiras para o continente europeu nestes três dias.
Há zonas no sul de Espanha que têm uma espécie de névoa completamente amarela como indicam muitas publicações nas redes sociais.
Abrantes, 12 horas de dia 15 de março
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) “está a ocorrer o transporte de poeiras sobre o território continental devido a um fluxo de sul induzido pela depressão Célia. As poeiras em suspensão, oriundas do norte de África, atingiram a Península Ibérica prevendo-se que persistam até ao fim do dia 17, quinta-feira.”
De acordo com o instituto português os efeitos mais visíveis são a alteração da cor do céu visto que as poeiras estão normalmente acima da superfície, embora dependendo da sua concentração possam “atingir níveis mais baixos com implicações na qualidade do ar e possíveis impactos na saúde.”
O IPMA revela que também é possível ocorrer a “deposição das poeiras através da precipitação, esta situação é mais provável na região Sul nos dias 15 e 16 de março.”
“Imagem de satélite, produto Dust RGB, com a localização dos máximos de concentração de poeira nas zonas identificadas pela cor rosa/magenta bastante acentuada, ou seja, mais evidente nas regiões Norte e Centro do território continental, França e Argélia. As zonas a vermelho-escuro representam nebulosidade média e alta também sobre Portugal.” Fonte: IPMA
