Nos primeiros 15 dias de setembro verificou-se um “desagravamento significativo” da situação de seca meteorológica em todo o território, em especial nos distritos da Guarda, Viseu e Castelo Branco, anunciou hoje o IPMA.
“A 15 de setembro verificou-se uma diminuição significativa da situação de seca meteorológica em todo o território, com as classes de seca moderada e severa a predominarem em todo território”, refere o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) numa análise climatológica à primeira quinzena de setembro.
Segundo o IPMA, a classe de seca extrema teve uma diminuição “muito acentuada”, mantendo-se apenas a região de Bragança nessa classe.
O IPMA salienta que em alguns locais dos distritos da Guarda, Viseu e Castelo Branco se verificou “um desagravamento muito significativo da seca meteorológica”, passando da classe de seca severa, a 31 de agosto, para a classe de seca fraca, uma vez que os valores de precipitação ocorridos foram muito superiores aos valores médios para o mês.
Na análise, o IPMA dá também conta de um “aumento do índice de água no solo”, que é “mais significativo” no litoral Norte, em toda a região Centro e no Alto Alentejo, mantendo-se “muito baixo” no Nordeste.
O IPMA avança que o valor da precipitação nos primeiros 15 dias de setembro corresponde, até à data, ao quarto setembro mais chuvoso desde 2000, sendo superado por 2014, 2002, 2006, 2021.
“As quantidades de precipitação ocorridas na primeira quinzena de setembro verificaram-se principalmente nos dias 12 a 14, com os valores mais significativos a ocorreram no interior Centro, em particular no distrito da Guarda. Neste distrito a precipitação ocorrida nos dias 12 a 14 de setembro é superior ao valor normal para o mês e cerca do triplo da precipitação normal do mês”, refere o IPMA, indicando que o total de precipitação, na primeira quinzena de setembro, corresponde a 123% em relação ao valor médio entre 1971- 2000.
De acordo com o IPMA, os valores de precipitação foram muito superiores ao normal nos distritos de Guarda, Castelo Branco, Lisboa e na zona de Beja, mas, por outro lado, foram inferiores ao normal no interior Norte, na faixa litoral entre Porto e Aveiro, numa faixa interior do Baixo Alentejo e no sotavento Algarvio.
Lusa