O fadista Ricardo Ribeiro atua hoje no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, no âmbito do projeto “Carta Branca a…”, uma iniciativa desta sala de espetáculos, que desafia diferentes músicos a apresentarem um concerto, idealizado por si.
O fadista Ricardo Ribeiro escolheu homenagear José Afonso (1929-1987) que considera “um dos compositores mais inspirados”, autor de canções como “Índios da Meia Praia” e “Grândola, Vila morena”, que serviu de senha à Revolução de 25 de Abril de 1974.
“Sentia uma necessidade enorme de visitar o repertório genial de José Afonso”, disse Ricardo Ribeiro à agência Lusa.
Numa nota de imprensa divulgada pelo CCB, o poeta Nuno Júdice afirma que Ricardo Ribeiro “é essencialmente fadista, mas é muito mais do que isso musicalmente falando”.
“Coabitam nele vários géneros musicais e chegou a hora, mais uma vez, de essa sua transversalidade ser posta à prova”, afirma Júdice que rende homenagem a José Afonso, um “poeta que soube, como poucos, revitalizar a tradição popular e trabalhá-la com invenção e modernidade, e que, como músico, explorou com igual modernidade os acordes do nosso cancioneiro e os levou a todo um povo, para lá de ideologias e de classes”.
“Nessa conjugação do músico, do cantor e da interpretação, com José Afonso, a Arte superou todas as diferenças”, remata Júdice.
No palco do grande auditório do CCB, com Ricardo Ribeiro atuam os músicos Filipe Raposo (piano e direção musical), Ricardo Toscano (saxofone), Jarrod Cagwin (percussões), Mário Delgado (guitarras) e António Quintino (contrabaixo).