Cristina Bacelar apresenta o novo álbum, “Nem Tudo é Fado”, que inclui versões de fados de Amália Rodrigues e de Beatriz da Conceição, além de temas inéditos, na próxima quinta-feira, no Estoril, nos arredores de Lisboa.
Cantora, guitarrista, compositora e letrista, que fez parte dos projetos Frei Fado D’El Rei e As Três Marias, Cristina Bacelar atua no Lounge D, do Casino Estoril, acompanhada pelos músicos Armando Ribeiro, no saxofone, Rui Pedro Claro, na guitarra portuguesa, e Pedro Silva, na percussão.
Cristina Bacelar assina a produção e os arranjos dos fados e dos temas originais do CD, editado, em fevereiro último, pela Sony Music.
Dos dez temas que constituem o álbum, dois são do repertório de Amália Rodrigues, “Lágrima” e “Perseguição”, um do de Beatriz da Conceição, “Meu Corpo”, e outro da banda sonora do filme “A Severa” (1930), de José Leitão de Barros, “Novo Fado da Severa”, interpretado por Dina Tereza.
“Meu Corpo”, de José Carlos Ary dos Santos e Fernando Tordo, abre o CD, que inclui ainda “Larala!”, “Já Não Sei das Palavras” e “Fado de Papel”, todos com letra e música de Cristina Bacelar, “Não é amor(…) É Só Alma”, letra da intérprete, que a gravou na melodia do Fado Carriche, de Raul Ferrão, a que se juntam “Não Hesitava um Segundo”, de Tozé Brito, do repertório de Ana Moura, e o instrumental “Paris, às Vezes”, de Bacelar.
“Neste álbum, o xaile negro do fado e o ‘mantón de manila’ do flamenco vestem-se na cidade invicta, através da voz e da guitarra de Cristina Bacelar”, afirma a discográfica em comunicado, referindo que “o fado é aqui revisitado de forma original e arrojada, pincelado com os tons coloridos da bossa nova e do jazz, num cruzamento entre guitarra flamenca, guitarra portuguesa, percussões e saxofone”.
Cristina Bacelar, que se acompanha à viola, conta com a participação dos músicos Armando Ribeiro (saxofone), Rui Pedro Claro (guitarra portuguesa) e Pedro Silva (percussão), e ainda José Lourenço ao piano, nos temas “Laralai”, “Já Não Sei das Palavras” e “Paris, às vezes”, de Carlos Mangano, no baixo, em “Paris, às vezes”, e ainda Lourenço Ribeiro (violino), Hugo Diogo (violeta) e Vanessa Pires (violoncelo), em “Fado de Papel”.
O álbum "Nem Tudo é Fado" sucede a “Descartabilidade” (2009), no qual Cristina Bacelar gravou exclusivamente poemas de Florbela Espanca.