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ENTREVISTA: Pedro Dyonysyo é jornalista por um dia e conversa com o músico VALTER GUIA

15/11/2018 às 00:00

Convidámos o músico Pedro Dyonysyo para ser jornalista por um dia e o mesmo aceitou.
O desafio era conversar com o músico VALTER GUIA, que é também um Amigo, e tem preparado
um novo disco para mostrar ao mundo em 2019. 
Entretanto o single "Reviver" em dueto com Bianca Barros já toca nas rádios portuguesas, e já o mostrou ao vivo numa participação especial no concerto dos CALEMA no Coliseu do Porto. Com os Calema já havia tido esta experiência no concerto do Coliseu de Lisboa no passado mês de Abril. A 7 de Dezembro, chega a vez do Campo Pequeno Em Lisboa.

É do Entroncamento e promete dar que falar. Chama-se VALTER GUIA.

Olá Valter, obrigado por aceitares este desafio...e começo por te perguntar como é que começou toda esta aventura a que estamos a começar a assistir?

Começou também ser por tua "culpa" praticamente, Pedro Dyonysyo. Foi realmente através de um convite teu para ir a uma feira de tecnologia na FIL em Lisboa com alguns amigos nossos, também músicos, que lá conheci a empresa/editora “Klasszik”. Foi mesmo como diz o ditado “no sítio certo à hora certa”. Neste caso, foi mesmo também o convite certo para ir a uma feira deste género, também na altura certa (risos).

Quais foram as qualidades que te permitiram atingir aquilo que na verdade poucos conseguem? Ser músico numa grande editora como a Klasszik?

Foi sem dúvida o amor pela musica, que nos permite estar a trabalhar sem horários para atingir um objetivo, nem que sejam 12 horas por dia, 16, 20... ninguém na editora liga a horários. Vivemos e fazemos musica 24 horas por dia em certas fases, e essas fases repetem-se semana após semana e mês após mês.

Isso, é no presente e na editora, mas tu tens um trajeto grande enquanto músico até ao momento em que chegas aqui. Como foi esse trajeto?

Foi aquele percurso normal do nosso circuito português de música. Tive várias bandas e vários projetos, tanto de covers como de originais, tocando a tempo inteiro covers na estrada, festas populares, festas em universidades, concentrações motard, bares, etc. Os originais, foi sempre mais mais pelo gosto de compor em casa e fiz uma ou outra apresentação esporádica ao vivo em concursos de bandas ou eventos pontuais... Desde os meus 17 anos comecei a compor e nunca mais parei.

Entretanto o teu primeiro single aí está “Reviver” com a Bianca Barros em dueto. O que podemos esperar a seguir?

Podermos esperar um novo single ainda este ano, ou no inicio do próximo, e um disco no ano que vem. Muito está para vir.

Como foram as filmagens deste primeiro vídeoclip. Foi muito complicado? Trabalhoso? Como foi?

Foram realmente dois dias bastante ativos no Alentejo, sempre de um lado para o outro, para aproveitarmos o máximo de tempo possível a gravar, lembro-me de pelo menos 7 cenários. O primeiro onde chegámos, foi ao cenário da árvore…estivemos cerca de 5 horas nessa árvore a fazer planos, playback, longe…aproximado, de drone...e foi a cena que mais me custou gravar visto estarem cerca de 40 graus. Fiquei com uma queimadura na cara, mas para compensar, no dia seguinte o último plano foi ao banho no rio (risos).

E como está a ser recebido este novo single pelo público. Já tens muitos fãs e seguidores?

Está a ser muito bem recebido nas redes sociais. Desde que saiu as pessoas ainda não pararam de me mandar vídeos a cantar, de dar o seu parecer e força em comentários, de partilhar, e já várias rádios a nível nacional estão a passar o tema. Tenho alguns seguidores assíduos, e vejo que neste momento estão a aumentar bastante.

Qual é a sensação de trabalhares no teu dia a dia com grandes nomes da música portuguesa que se cruzam contigo nos estúdios da Klasszik?

É sem dúvida, e acima de tudo, uma sensação de enorme gratidão, porque tenho aprendido muito com todas as pessoas com que me cruzo no meio, sendo eles grandes nomes, ou novos talentos da nossa praça.

Já referiste há pouco que teremos um álbum em 2019…e claro com todas estas novidades, estarás em condições de fazer muita estrada para mostrar o teu trabalho. Quando podemos esperar concertos teus?

Bem, já tive este mês, a 10 de Novembro uma apresentação ao vivo no Coliseu do Porto na 1a parte de Calema que também são músicos da Klasszik e que têm um grande sucesso como todos sabemos, à semelhança do que já fiz no Coliseu de Lisboa no passado mês de Abril, também na abertura de Calema, mas desta vez, também apresentei o novo single, “Reviver", que cantei com a Bianca Barros. Foi um momento importantíssimo. As pessoas cantaram a música connosco.Ver um Coliseu cheio a aplaudir e a gostar do meu trabalho foi muito emocionante. A 7 de Dezembro vamos repetir a experiência no Campo Pequeno em Lisboa.

 

"É nestas alturas que nos sentimos pequenos, porque sentimos que o que estamos a fazer é maior que nós próprios, maior do que cada palavra dita ou ação feita individualmente, é nestas alturas, em que a singularidade deixa de existir, e sentes um todo... é nestas alturas que somos uma só voz, de nós, para todos, e de todos para tudo... é assim que eu sou, é assim que quero estar, e é assim que eu quero continuar a ser" (Valter Guia no Facebook)

 

Quais são as tuas principais inspirações quando estás a compor?

Eu quando componho não penso na inspiração. São momentos muito meus e que não gosto que quebrem. Se eu me fechar no estúdio, e ninguém me disser nada, entro de manha, e muitas vezes quando venho apanhar ar, já é de noite. As horas parece que não passam. Não fugindo à regra geral, quando estou a compor, não vou ouvir muita musica. Claro que teremos sempre as nossas inspirações, mas no meu caso, às vezes começo um dia a ouvir “música clássica”, no meio passo por “pop”, e acabo a ouvir “grindcore” do mais pesado que possam imaginar no final do dia.

E é fácil para ti compor? Preferes a escrita ou a composição?

Compor está longe de ser fácil. Digamos que é como um desporto…quanto mais fizeres, mais resultados vais ter. E quando mais focado, mais especializado vais ficando. Não distingo as duas vertentes, adoro ambas, e estas não são dissociadas, caminham sempre de mão dada. Embora, geralmente, faço primeiro a melodia, e depois a letra, ou as duas ao mesmo tempo, porque sempre compus maioritariamente sozinho. A composição, tal como todas as áreas mais especificas, requer um trabalho diário de várias horas. No trabalho em música, a palavra “descanso”, é quase um mito.

Onde gostavas de te ver daqui a 10 anos em termos profissionais?

Vou continuar a compor bastante como até então, para que a música que chega às pessoas seja o melhor de mim, e no futuro pretendo também começar a fazer produção para discos de outros artistas.

Quais são os teus 3 maiores sonhos Valter?

Ter saúde… o máximo de saúde o máximo de tempo possível. Chegar a um bom patamar de reconhecimento pela minha música…e se pudesse acabaria com todos os conflitos, situações, ou conjunturas que matem, ou deixem pessoas em más situações de vida, incluindo, fome, doença, e restantes derivados.

 

Músico VALTER GUIA entrevistado por PEDRO DYONYSYO

 

 

 

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