Os músicos Sérgio Godinho, Miguel Araújo e Samuel Úria e o grupo Orelha Negra são os cabeças-de-cartaz do 20.º Festival de Lavre, nesta vila alentejana do concelho de Montemor-o-Novo (Évora), entre sexta e segunda-feira.
O evento, que comemora este ano o 20.º aniversário, é promovido pela Associação Cultural Lavre Dinâmico (ACLD) e tem como “prato forte” a música, com concertos à noite.
Bailes, vacadas, gastronomia ou uma procissão em honra de Nossa Senhora da Assunção são outros dos “ingredientes” do festival, divulgou hoje a organização.
André Cabica, da ACLD, explicou hoje à agência Lusa que o certame surgiu a partir das festas anuais da vila, como “as que existem por Portugal fora” e, ao longo dos anos, “foi sempre muito participado e foi crescendo”.
“Essa dinâmica fez com que a aposta fosse cada vez maior”, até atingir o formato atual de festival, indicou o elemento da organização.
O objetivo da ACLD com esta iniciativa, disse, é “estimular toda a comunidade” e dinamizar Lavre, uma localidade “do interior do país e que também vive o flagelo da desertificação”.
“Além do ser um momento lúdico e de diversão, o evento procura a própria dinamização da vila e da economia local”, frisou, exemplificando que, por estes dias, “todo o turismo rural, o comércio local e a restauração estão praticamente nos 100%” de ocupação ou de atividade.
O cartaz musical do festival, sempre em horário noturno, na Praça da República, tem como cabeça-de-cartaz do primeiro dia, na sexta-feira, os Orelha Negra, banda formada por Sam The Kid, DJ Cruzfader, Fred Ferreira, Francisco Rebelo e João Gomes.
Samuel Úria é a estrela de sábado à noite, enquanto Miguel Araújo sobe ao palco no domingo, de acordo com o programa.
No último dia, as atenções estão viradas para o concerto protagonizado pelo músico, poeta, compositor e intérprete Sérgio Godinho, que vai estar acompanhado pela Banda Filarmónica de Lavre.
Los Cavakitos, Fogo Fogo, Peña Kalimotxo e Banda Red, assim como vários dj, são outros dos artistas que vão passar pela 20.ª edição do festival.
“Procuramos sempre mostrar no festival a qualidade da música portuguesa atual”, realçou André Cabica, acrescentando que, apesar de os concertos terem lugar “na praça central, todas as ruas da vila têm atividade e movimento” durante o certame.
Tal como nas edições anteriores, o evento tem uma vertente solidária. Segundo a ACLD, “na compra de cada bilhete (o diário custa cinco euros e o passe de quatro dias custa 15), um euro reverterá para causas sociais da comunidade” de Lavre.