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Governo cria grupo de trabalho para preparar comemorações do centenário de Amália

10/04/2019 às 00:00

Os ministérios da Cultura e das Finanças criaram um grupo de trabalho para preparar as comemorações do centenário do nascimento da fadista Amália Rodrigues, presidido pelo musicólogo Rui Vieira Nery, segundo despacho hoje publicado em Diário da República.

Para além do também professor da Universidade Nova de Lisboa, o grupo de trabalho vai ser constituído pela diretora do Museu do Fado, Sara Pereira, pela etnomusicóloga Salwa Castelo-Branco e, em representação do Ministério da Cultura, pela técnica especialista Rita Jerónimo.

O despacho, assinado em 15 de março pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, e duas semanas depois pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, indica que este grupo tem por objetivo “elaborar uma proposta de programa oficial das comemorações de dimensão nacional e internacional, acompanhada de plano de atividades, cronograma e orçamento, para apresentar ao membro do Governo responsável pela área da cultura até 06 de outubro de 2019”.

O grupo de trabalho deverá ainda “associar às comemorações os organismos das áreas da cultura e da comunicação social, sob direção, superintendência e tutela do membro do Governo responsável pela área da cultura, assim como outras entidades relevantes na área do fado, da música e da cultura em geral”, relacionando também outros eventos ou comemorações.

O documento - publicado no dia em que vai ser apresentado o projeto “Amar Amália”, que assinala os 20 anos da morte da fadista - refere que o grupo de trabalho deverá “promover a cooperação das entidades nacionais com organismos a nível internacional” e “incentivar a participação de outras entidades, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, incluindo representantes da comunidade académica e científica no programa das comemorações”.

Como recorda o despacho, “Amália Rodrigues é uma referência incontornável da cultura portuguesa” que “marcou a História do Fado pela autenticidade e inovação, desde o interesse pela poesia que a levou à interpretação de grandes poetas portugueses, como à introdução de novas posturas e indumentárias que viriam a transformar-se em verdadeiras convenções performativas”.

“A excecionalidade de Amália deve-se às suas interpretações no teatro e no cinema, pelas inúmeras gravações discográficas e por uma carreira repleta de êxitos e de tournées um pouco por todo o mundo”, pode ler-se no texto.

Amália da Piedade Rebordão Rodrigues nasceu em Lisboa no dia 23 de julho de 1920 e morreu em 06 de outubro de 1999, estando sepultada no Panteão Nacional desde 08 de julho de 2001.

Lusa

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