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João Pedro Pais, Duarte e Paulo Bragança fecham cartaz do festival de fado de Alfama

4/08/2018 às 00:00

João Pedro Pais, numa "aventura" pelo fado, Duarte, Paulo Bragança e um novo projeto de João Monge e João Gil completam o programa do Festival Santa Casa Alfama, em Lisboa, em 28 e 29 de setembro, anunciou hoje a organização.

O festival apresenta “mais de 40 concertos” em 12 palcos no bairro de Alfama, do Museu do Fado à Igreja de Santo Estêvão, do Terminal de Cruzeiros ao largo das Alcaçadarias.

O projeto “+351 FADO”, de João Monge e João Gil, apresentado como “uma síntese das [suas] composições conjuntas e com raízes mais fadistas”, sobe ao palco do Centro Cultural Dr. Magalhães Lima, no dia 28, com os fadistas Margarida e Duarte, acompanhados pelos músicos Ivo Costa (percussão), João Gil (guitarra acústica), José Conde (clarinete) e Pedro Amendoeira (guitarra portuguesa).

Na mesma noite, atua neste palco Paulo Bragança, que recentemente editou o disco “Cativo”.

No dia seguinte o centro cultural acolhe a "aventura" de João Pedro Pais pelo fado. “Sempre fiel a si próprio", "o músico também vai cantar fados com os seus arranjos e à sua maneira”, segundo a organização. Em seguida, canta Sandra Correia, que recentemente editou o seu terceiro álbum, “Aqui Existo”.

No palco principal, instalado frente ao rio Tejo, atuam, no dia 28, Dulce Pontes, Paulo de Carvalho e Maria Emília, apresentada como uma “aposta” do certame.

No dia 29, no palco principal cantam Raquel Tavares, Alexandra, que protagonizou “Amália, o musical”, de Filipe la Féria, e ainda António Pinto Basto e Maura.

O novo palco do certame, no terraço do Terminal de Cruzeiros, é o cenário de “Marco Rodrigues convida Diogo Piçarra” e “José Gonçalez convida Sangre Ibérico”, no dia 28.

No segundo e último do festival, recebe Maria da Fé. Com a criadora de “Cantarei até que a voz me doa”, vão atuar, como convidados, Duarte, Mel e Sara Paixão.

Entre os cenários do festival constam as igrejas de S. Miguel e St.º Estêvão.

O espetáculo “Ave Maria Fadista”, com Cátia de Oliveira, Ana Pinhal, Nádia Bastos, Pedro Ferreira e o ensemble Sax in Fado (João Martins, guitarra portuguesa, André Teixeira, viola, Sérgio Marques, viola baixo, Tiago Rocha, guitarra clássica, e Bruno Soares, saxofone), é apresentado no dia 29, em St.º Estêvão, onde no dia anterior, atuam Margarida Guerreiro e André Batista.

A igreja de S. Miguel regista apenas um espetáculo, o de Peu Madureira, no dia 28.

Na associação do Grupo Sportivo Adicense, atuam, no dia 28, Pedro Galveias, Beatriz Felizardo e Inês Pereira, vencedora da Grande Noite do Fado de Santa Maria Maior, deste ano, e, no dia seguinte, Vítor Miranda, Conceição Ribeiro, Jaime Dias e Andreia Matias.

No primeiro dia do festival, a Sociedade Boa União recebe o trio de cordas Modus Fado, que interpreta temas do semba de Angola e da morna de Cabo Verde, além do fado, e no segundo, os fadistas Beatriz Felício e José Geadas.

No Palco Amália, no auditório da firma Abreu Advogados, atuam Catarina Rocha e Miguel Ramos, no dia 28, e, no dia 29, Maria Amélia Proença, com mais de 60 anos de carreira, distinguida em 2011 com o Prémio Amália/Carreia, e Tânia Oleiro, que editou recentemente o álbum “Terços de Fado”.

No palco instalado no largo das Alcaçarias atuam Artur Batalha, Filipa Cardoso e Ana Marta, no dia 28, e Maria da Nazaré e Jorge Roque, no dia 29.

Artur Batalha, de 67 anos, conhecido como “príncipe do fado”, venceu, em 1971, a Grande Noite do Fado de Lisboa.

Maria Nazaré, com mais de 50 anos de carreira, foi distinguida com o Prémio Amália Melhor Intérprete, em 2013, e com o Prémio Carreira da Casa da Imprensa, em 2003.

No Museu do Fado, a festejar 20 anos de existência, estão instalados dois palcos. No espaço do restaurante atuam Cristina Maria, João Chora, Teresa Tapadas e Carlos Leitão. No largo do Chafariz de Dentro, fronteiro ao museu, vão tocar Ângelo Freire, Marta Pereira da Costa, Pedro Jóia e a Família Parreira, com os guitarristas António, pai, e os filhos Paulo e Ricardo.

O projeto “Fado à Janela” regressa ao largo de São Miguel, com os músicos Jorge Silva, Gilberto Silva e José Manuel Rodrigues, respetivamente, na guitarra portuguesa, viola e viola baixo.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), que já tinha apoiado anteriores edições, decidiu este ano fazê-lo de “forma mais intensa”, associando o nome ao festival, pelo facto de este “estar cada vez mais impregnado na vida da cidade e pela revelação de novos talentos”, disse à Lusa o provedor, Edmundo Martinho.

O investimento feito pela SCML, segundo o responsável, ronda os 200.000 euros.

Entre as novidades deste ano há a adesão de dez restaurantes, com uma ementa especial.

No ano passado o festival somou 11.000 espetadores nos dois dias, disse à Lusa fonte da organização.

 

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