Mais de 150 campas foram vandalizadas na noite de domingo, dia 2 de março, e madrugada de dia 3, e furtadas de todos os objetos de metal que continham.
A GNR de Abrantes confirmou as ocorrências e disse ter tomado conhecimento na segunda-feira, dia 3 de março. Os furtos tiveram lugar no cemitério de Arreciadas e nos de S. Facundo e de Vale das Mós.
Segundo o presidente da União de Freguesias de S. Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, foram alvo de furto no cemitério de Arreciadas 60 campas. “Na segunda-feira de manhã, por volta das 9 horas, fui contactado por uma moradora de Arreciadas para esta situação de vandalização e furto no cemitério” da localidade. Luís Valamatos deslocou-se ao local e “comecei a aperceber-me da dimensão da situação e, não direi todas, mas quase todas as campas estavam vandalizadas, com o objetivo de furtar tudo o que era metal”. O presidente da Junta disse que “se notou perfeitamente que era para tirar tudo o que era metal de cima das campas e, à pressa, danificaram muitas pedras de muitas sepulturas”.
Em Arreciadas, a população ficou “bastante revoltada com a situação” e o autarca deu conhecimento dos factos à GNR de Abrantes que “prontamente se deslocou ao local”. O autarca confirmou que “houve pessoas que apresentaram logo queixa, de imediato”, e a população foi informada que o pode vir a fazer nos próximos seis meses, até para “identificar o que lhes foi furtado e danificado”.
Situação idêntica tinha acontecido, na área da Freguesia, “há cerca de um ano, no cemitério de Bicas, mas não com esta dimensão”, disse Luís Valamatos.
Já em S. Facundo, segundo a Antena Livre apurou, foram entre 50 a 60 campas que viram os seus artigos de metal furtados e 50 campas no cemitério de Vale das Mós.
Amílcar Alves, presidente da União de Freguesias de S. Facundo e Vale das Mós, explicou que “houve alguém que entrou no cemitério de Vale das Mós para visita às campas e viu os estragos: uns Santos partidos, outros que faltavam. Avisaram de imediato o secretário da Junta, que me avisou. Liguei à GNR e veio a Polícia Judiciária para iniciar a investigação”. O autarca confirmou que muitas das sepulturas tinham sido danificadas, “principalmente as que tinham Santos nas lápides. Tudo o que tinha valor… os Cristos mais antigos, levaram-nos todos e até coisas de mais valor”. O presidente da Junta teve conhecimento dos factos em Vale das Mós cerca das 15 horas de segunda-feira, dia 3 de março.
“Pelas cinco horas da tarde, mandei um funcionário da Junta ir ao cemitério de S. Facundo para ver se também tinha acontecido e, quando lá chegou, ligou-me a dizer que estava na mesma”, disse Amílcar Alves.
A GNR indicou que tem em curso as investigações para chegar aos objetos e aos autores dos furtos. Contudo, é necessário que os proprietários das campas visadas, quer apresentem ou não queixa, deixem registados os objetos furtados. As próprias Juntas de Freguesia também poderão ajudar numa participação mas ainda não estão na posse do rol dos objetos furtados.