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Movimento Patrimonial da Música Portuguesa projeta 30 eventos até julho

20/02/2019 às 00:00

O Movimento Patrimonial da Música Portuguesa (MPMP) projeta apresentar até julho 30 eventos, entre eles a estreia de um conto musical para crianças e a reposição da ópera “Ninguém & Todo-o-Mundo”.

O MPMP apresentou hoje, em Lisboa, a sua programação “dedicada à divulgação da música clássica de compositores portugueses de todas as épocas” e, além de concertos, tem previsto a edição de três álbuns e 30 partituras.

O conto musical para crianças “A Menina do Mar”, sobre Sophia de Mello Breyner Andresen, com música de Edward Luiz Ayres d'Abreu, encenação de Ricardo Neves-Neves e direção musical de Martim Sousa Tavares, estreia-se em maio, em Lisboa, no LU.CA - Teatro Luís de Camões.

No âmbito do centenário do nascimento da poeta Sophia de Mello Breyner Andresen, que se celebra ao logo deste ano, o MPMP tem previsto outras iniciativas, designadamente a estreia da obra vencedora do Prémio Musa.

“Quatro Cantos de Sophia” é o título de um concerto comentado por Manuel Deniz Silva, da Universidade Nova de Lisboa, que acontece em junho, em Cascais e em Felgueiras, pela soprano Joana Seara acompanhada ao piano por Jan Wierzba.

O programa deste concerto é constituído por peças de Amílcar Vasques-Dias, Fernando Lopes-Graça, João Madureira e Edward d'Abreu, compostas sobre textos da poeta.

A ópera “Ninguém & Todo-o-Mundo”, de Daniel Moreira, volta à cena em junho, no Teatro da Trindade, em Lisboa, sob a direção do maestro Jan Wierzba.

Na área da música de câmara vão ser estreadas obras de Andreia Pinto Correia, Ângela da Ponte, Mariana Vieira e Sérgio Azevedo.

O MPMP destaca neste âmbito, a realização de um recital pelo guitarrista Júlio Guerreiro, no dia 30 de junho, no Ateliê de Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante, no distrito do Porto.

O MPMP vai dar continuidade ao ciclo "Escutar Lopes-Graça", promovido em colaboração com o Museu da Música Portuguesa, em Cascais, e apresentará o trabalho da pianista Joana Gama em torno da obra “Viagens na Minha Terra”, de Almeida Garrett, bem como um “inusitado programa para quatro contrabaixos” com o músico Alejandro Erlich-Oliva como comentador.

Quanto à edição de três discos e 30 partituras, o MPMP esclarece que resulta de um projeto da Escola Superior de Música de Lisboa, com a colaboração da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto e do Departamento de Música da Universidade de Évora, com apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito do programa Portugal 2020.

Segundo o MPMP, “o objetivo do projeto passou pela criação, circulação, registo áudio e edição de obras de música portuguesa contemporânea, e as propostas musicais desenvolveram-se e exploraram-se em ambiente colaborativo e laboratorial, discutindo-se aspetos técnicos e conceptuais entre todos os participantes, docentes e discentes”.

Defende o MPMP que estas edições “revelam a vitalidade da música dos jovens criadores e permitirá a sua difusão além-fronteiras”.

Na área da criação contemporânea está previsto a edição de um disco pelo Performa Ensemble, em colaboração com a Universidade de Aveiro. O CD incluirá, entre outras, obras de Ângela da Ponte, Nuno Figueiredo e Ricardo Ribeiro.

Também em colaboração com esta universidade, vai ser publicado um novo número da revista Glosas, desta feita dedicado ao compositor Álvaro Salazar, atualmente com 81 anos.

O MPMP prevê até julho terminar a gravação da integral das sonatas para piano de João Domingos Bomtempo (1771-1842) por Philippe Marques e a apresentação, a 24 de junho no Hot Clube, em Lisboa, do 3.º volume do “Songbook de Bernardo Sassetti”, compositor e pianista falecido há cerca de seis anos.

O compositor Ruy Coelho (1889-1986) é o tema para uma palestra de Edward Luiz Ayres d'Abreu no próximo dia 02 de março, no Museu Nacional da Música, que conta com a participação da soprano Sofia Marafona acompanhada ao piano por Duarte Pereira Martins.

Ainda no neste museu, realiza-se, em junho, uma mesa redonda sobre o compositor Tomás Borba, com Edward Ayres d'Abreu e o padre Duarte Gonçalves Rosa, mestre de Capela e de cerimónias da Sé de Angra do Heroísmo e autor do livro “Tomás Borba na História da Música Portuguesa do Século XX: Modernidade e Tolerância”, coeditado pelo MPMP.

O Convento dos Capuchos, em Almada, no distrito de Setúbal, é o cenário para alguns concertos: “Verbo Pascal” com o Ensemble MPMP, sob a direção do maestro Jan Wierzba, e recitação por Teresa Coutinho, em abril, e um ciclo “… Contemplações”, comentado pelo maestro Martim Sousa Tavares e Edward Ayres d'Abreu, em maio e junho.

O MPMP define-se como “uma plataforma constituída por músicos do espaço lusófono, que reúne diversos projetos, visando a divulgação da música de tradição erudita ocidental”.

 Lusa

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