A cantora portuguesa Maria João apresenta este mês, em São Paulo, o disco dedicado à poesia do carioca Aldir Blanc, gravado em Portugal e que será editado este mês no Brasil.
De acordo com o agenciamento da cantora, “A poesia de Aldir Blanc”, “que será lançado no Brasil em setembro”, é apresentado ao vivo nos dias 21, 23 e 24 no Teatro do Sesc em São Paulo.
“Para este disco Maria João reuniu músicos portugueses de diversas áreas: André Mehmari, André Nascimento, João Farinha, Mário Laginha, Filho da Mãe, Mário Delgado, Ricardo Dias e Ni Ferreirinha, Eleonor Picas, Sérgio Carolino e Silvan Strauss”, refere o agenciamento de Maria João num comunicado hoje divulgado.
Nos espetáculos, de acordo com informação disponibilizada no ‘site’ do Sesc, Maria João estará acompanhada por André Mehmari (piano), Guinga (violão e voz), João Farinha (piano/sintetizador), André Nascimento (eletrónica) e Silvan Strauss (bateria).
O disco, editado no Brasil pelo Selo Sesc, “foi concebido como um presente para comemorar os 70 anos de idade do compositor/letrista Aldir Blanc e celebra a obra do compositor carioca”.
“O projeto traz arranjos inéditos e inusitados, clássicos da parceria de Aldir Blanc com João Bosco e Guinga, além de quatro letras inéditas musicadas pelos novos parceiros portugueses Carlos Paredes e Mário Laginha”, lê-se no texto de apresentação dos concertos.
De acordo com o agenciamento da cantora, “há planos para editar o disco em Portugal”.
Artista de referência na área da música improvisada, Maria João, nascida em Lisboa em 1956, começou no jazz na década de 1980, com um quinteto no qual tocavam também Carlos Martins e Mário Laginha.
Apesar das colaborações com vários outros artistas, como Carlos Bica, José Peixoto e António Pinho Vargas, foi com Laginha que se destacou na música portuguesa e manteve a mais duradoura colaboração.
"Danças" (1994), "Lobos, Raposas e Coiotes" (1998), "Tralha" (2004) e "Iridescente" (2012) são exemplos desta parceria. Também gravou com a Brussels Jazz Orchestra e a Orquestra Jazz de Matosinhos.
Em 2009 avançou com o projeto Ogre, ao lado dos músicos João Farinha, Júlio Resende, André Nascimento e Joel Silva.
É com este projeto que atua este mês em La Chaux-de-Fonds, na Suíça, no dia 28, e em Rabat, Marrocos, no dia 30.
A 29 de setembro tem concerto marcado com o pianista Leo Tardin em La Chaux-de-Fonds.
Em outubro, Maria João apresenta em Lisboa e no Porto, com o multi-instrumentista brasileiro Egberto Gismonti um espetáculo conjunto que dá início a uma digressão europeia.
O primeiro concerto decorre a 09 de outubro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e o segundo a 11 de outubro, na Casa da Música.
Depois de Portugal, o espetáculo será apresentado em países como a Alemanha, a Áustria e a Hungria.
Aos 69 anos, Egberto Gismonti conta com mais álbuns gravados do que a idade que tem, incluindo-se na longa carreira colaborações com nomes do jazz (género no qual não se reconhece, exceto através das parcerias que efetuou) como Charlie Haden, Jan Garbarek ou Wayne Shorter.
«Lusa»