Madalena Iglésias, falecida esta terça feira dia 16 Janeiro aos 78 anos, em Barcelona, é “um dos nomes mais destacados da história da música ligeira portuguesa”, afirma a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), em comunicado.
A SPA refere que homenageou a intérprete de “Ele e Ela”, em 2013, com a Medalha Pro-Autor, e que a convidou, em 2016, para entregar os prémios de SPA de Televisão, na sua gala anual, que se realizou em Lisboa.
“A sua presença recebeu uma ovação do público. Era uma grande amiga da cooperativa, que nos últimos anos fez sempre questão de apoiar, tendo oferecido à instituição as partituras com as mais importantes obras que interpretou na sua carreira”, refere a SPA, acrescentando que, “embora fosse essencialmente intérprete, Madalena Iglésias sempre afirmou a profunda ligação que teve aos autores, nomeadamente os que escreveram para ela”.
Madalena Iglésias era associada da cooperativa de autores desde 02 de julho de 1959.
A SPA refere a participação “com êxito” nos festivais de Benidorm, de Aranda de Duero, do Mediterrâneo, em Espanha, e no do Rio de Janeiro.
A cooperativa afirma que, depois do seu casamento, em 1972, “partiu para a Venezuela” e “ainda interveio esporadicamente em programas da televisão” desse país.
A cantora viva desde 1987 em Barcelona, onde morreu, e visitava regularmente Lisboa, onde, em 1990, recebeu o Prémio Prestígio na Grande Noite do Fado, no âmbito das comemorações do centenário do Coliseu dos Recreios de Lisboa.
Em 1994, a editora Movieplay Portuguesa, numa seleção do produtor Mário Martins, editou uma compilação dos mais conhecidos temas do seu repertório.
“Ele e Ela”, “Balada das palavras perdidas", "Na tua carta", "Poema de nós dois", "Eu vou cantando", "Não sou de ninguém", "Maus caminhos", "Setembro", "Romance da solidão", "Onde estás felicidade", "Poema da vida", "Tu vais voltar", "Amar é vencer", "Tu és quem és" e “Silêncio entre nós” foram alguns dos seus êxitos.
No texto de abertura da sua fotobiografia, “Meu nome é Madalena Iglésias” (2008), de Maria de Lourdes de Carvalho, referiu-se à sua carreira como “um caminho percorrido com entusiasmo, alegria, êxitos e algumas nuvens”, e garantia: “Tenho um pouco do que vibrei!”.
“Ao escolher a minha profissão/vocação, procurei cumpri-la sempre com rigor e muita dignidade”, afirmou.