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Autárquicas: PSD candidata José António Almeida à Câmara de Mação (C/ Áudio)

10/02/2025 às 12:34

José António Almeida, professor, 60 anos, é o candidato do Partido Social Democrata (PSD) à Câmara Municipal de Mação nas próximas eleições autárquicas.

“Neste contexto, penso ser uma opção extraordinária para as pessoas de Mação”, começou por referir o candidato à Antena Livre. José António Almeida disse ter “um conhecimento bastante amplo do concelho, as pessoas conhecem-me, sabem que eu sou alguém de confiança, sabem que podem confiar em mim e também sabem que eu tenho uma capacidade de trabalho demonstrada ao longo destes anos todos. Estou em Mação há praticamente 40 anos e, como tal, vivo Mação como poucos, sinto Mação como poucos e tinha essa obrigação de me disponibilizar para as pessoas”.

Nos últimos 16 anos, José António Almeida foi diretor do Agrupamento de Escolas Verde Horizonte, de Mação, e essa função foi vivida “com muita intensidade” e onde, afirmou, “dei provas de que é possível, mesmo num concelho como o nosso, um concelho do interior, assumir a vanguarda em muitas políticas educativas e influenciar aquilo que são até decisões nacionais”. O cargo de diretor, e de professor, fez com que “passassem por mim várias gerações, muitos hoje são adultos com responsabilidade na sociedade civil” e, disse, essa experiência também lhe “vai capacitar e disponibilizar para responder às necessidades do concelho de Mação”. O candidato social-democrata também lembrou que, “antes de ser diretor do Agrupamento de Escolas, também fui vice-presidente da Câmara [nos mandatos de José Saldanha Rocha], tive uma variedade de pelouros, o que também me dá alguma estaleca para aguentar aquilo que são as dificuldades de um presidente de Câmara”.

Numa mudança de ciclo como a que se vai viver em Mação, questionámos o candidato se esta será uma das campanhas mais difíceis para o PSD do concelho. José António Almeida não fugiu à questão e garantiu que “talvez seja”. Contudo, disse que entra neste processo eleitoral “com muita motivação, muita responsabilidade e consciente das dificuldades que acontecem nos finais de ciclo. E sei que este é um final de ciclo muito importante, marcado por um presidente de Câmara que deixou uma marca muito importante e isso traz-me mais responsabilidade e mais motivação. Se fosse fácil, não era para mim. Eu já estou habituado às dificuldades”.

Outra das garantias deixada pelo candidato é a “querer fazer uma campanha pela positiva, para mostrar as minhas ideias, rodear-me de pessoas capazes, competentes, reconhecidas. (…) Mas não nos podemos esquecer que uma campanha eleitoral, é sempre uma campanha eleitoral. Tem sempre uma tensão, quer queiramos, quer não”.

Ricardo Oliveira, presidente da Comissão Política Distrital do PSD e deputado, falou da importância desta candidatura para o PSD, do apoio unânime que o nome de José António Almeida teve dentro do partido e também do trabalho que o PSD tem desenvolvido em Mação nas últimas décadas.

E Vasco Estrela, apresentado como “histórico dirigente da Concelhia do PSD de Mação”, vice-presidente da CCDR-C e até há pouco tempo, presidente da Câmara Municipal de Mação, foi quem tocou mais fundo nas críticas feitas pelo partido da oposição, quanto ao facto de, segundo o PS, ser necessário mudar em Mação, a bem da democracia. Ora, Vasco Estrela lembrou as diferenças entre os dois partidos, reiterou que foram os maçaenses que assim o decidiram e questionou o que dirá o PS nos concelhos que sempre foram socialistas.

 

Vasco Estrela dirigiu-se depois a José António Almeida e apelou à convergência. Ao PSD, pediu liberdade para que o candidato que, afirmou, “pensa fora da caixa”, possa fazer o seu programa e escolher a sua equipa.

Margarida Lopes, vice-presidente da Comissão Política de Secção do PSD Mação e atual presidente da Câmara, destacou as qualidades do candidato e também apelou ao partido para que apoie José António Almeida.

Miguel Pinto Luz, vogal da Comissão Política Nacional do PSD e atual ministro das Infraestruturas e da Habitação, elogiou o trabalho dos presidentes de câmara de Mação e pediu ao candidato do PSD que deixe também a sua assinatura apesar de, como disse, não ser fácil quando tem o legado de Vasco Estrela para levar às costas.

Na sua intervenção, o candidato social-democrata definiu depois os sete eixos estratégicos que considera serem os fundamentos principais para, como disse, “manter Mação no bom caminho e prolongá-lo”.

Começou pelo desenvolvimento económico ao dizer que “os nossos agentes económicos, os nossos produtores de riqueza, terão na minha presidência um apoio constante e bem abrangente. Nos próximos tempos reunirei com esses agentes económicos para recolher de cada um deles, na primeira pessoa, as suas necessidades e propostas”.

Também a educação, cultura e desporto “estarão no topo das nossas prioridades. Em articulação estreita com o nosso agrupamento de escolas, com as famílias e com as nossas associações continuaremos a dar a este pilar a importância que merece”.

A saúde, não sendo uma responsabilidade direta da câmara Municipal, é “uma das áreas mais sensíveis do nosso concelho e vai ter uma atenção muito próxima, tão próxima quanto possível para que o direito à saúde seja uma realidade no concelho de Mação, muito na linha daquilo que o executivo anterior tem feito”.

Elencou depois o turismo e afirmou que “o nosso património, a nossa paisagem, as nossas tradições e os produtos endógenos continuarão a assumir, com a minha liderança um papel estruturante na promoção e desenvolvimento do concelho. As associações terão aqui um papel fundamental na concretização deste propósito”.

As relações com as Juntas de Freguesia “será outro pilar fundamental da nossa ação. Fui muito cuidadoso a escolher os candidatos a cada uma das Juntas de Freguesia porque a proximidade, muitas vezes, presta um melhor trabalho e eu quero ter em cada uma das freguesias pessoas competentes, capacitadas e disponíveis para prestar esse trabalho. Respeitarei, no entanto, as escolhas dos maçaenses e trabalharei com todos independentemente dos tons partidários”.

Outro eixo importante “será a Terceira Idade. Sendo um dos concelhos mais idosos do país, Mação tem uma resposta ampla para a terceira idade mas as dificuldades que os responsáveis pelas instituições estão a passar merecem uma atenção muito focada por parte da Câmara Municipal. Vou convidar os representantes por cada uma das associações de solidariedade e perceber de que forma nos podemos envolver e comprometer, com vista a otimizar a resposta que já damos”.

Por fim, o ambiente e a gestão da paisagem. “A gestão de um território com mais de 400 km2 e com tão pouca presença humana, obriga-nos a olhar para a paisagem de uma forma diferente, respeitando como é óbvio a ligação afetiva à terra, mas abrindo espaço a uma visão e gestão mais profissional. Teremos que ser capazes de atenuar algum ruído que ainda persiste e colocar todos os envolvidos a remar para o mesmo lado”, concluiu José António Almeida.

 

Quanto ao desafio dos próximos tempos, disse o candidato que é “estabelecer contactos e ouvir muito, construindo as nossas propostas e compromissos com todos”.

A cerimónia encheu o auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, primeiro presidente eleito pós 25 de Abril pelo PSD em Mação e muito referido ao longo da tarde, a par com os outros presidentes eleitos ao longo dos anos, Saldanha Rocha e Vasco Estrela. Marcaram presença muitas pessoas da comunidade, bem como os presidentes de Câmara de Sardoal e Vila de Rei, Miguel Borges e Ricardo Aires, respetivamente, o ex-deputado do PSD e maçaense, Duarte Marques, os deputados eleitos por Santarém, Ricardo Oliveira, Isaura Morais e Inês Barroso e o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz que veio “apadrinhar” a candidatura de José António Almeida.

 

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