É a 14 de dezembro que volta a realizar-se a S. Silvestre Solidária, uma prova desportiva de 8.800 metros com organização da Brigada Mecanizada Independente. Como habitualmente acontece no Campo Militar de Santa Margarida e apenas a prova maior integra circuitos da unidade militar e sai, depois, para as áreas civis.
A Brigada Mecanizada promove duas provas, o trail “rota da Hakea” e a S. Silvestre, ambas com cariz solidário. “Só assim faz sentido”, indicou o Brigadeiro General Luís Calmeiro, comandante da Brigada, indicando que é uma forma, tal como outras, de abrir portas da instituição militar à sociedade. Tanto mais que é sempre um dia de festa dentro da própria instituição militar.
A prova é a 14 de dezembro, tem como madrinhas Elisabete Jacinto, Rosa Mota, Francisca Laia e Patrícia Matos.
O tenente-coronel Dinis Faustino apresentou os objetivos desta prova que começou em 2016 e vai já na 9.ª edição.
Mas a prova conta ainda com a S. Silvestre Kids que conta igualmente com recolhas de bens na Câmara Municipal e nas juntas de freguesia de Montalvo e Santa Margarida. Os mais novos começam com os benjamins às 10:50.
No sábado, para além da prova propriamente dita, cuja partida será às 15 horas, há ainda uma caminhada. Ou melhor, duas caminhadas, uma minicaminhada de 3.500 metros e outra mais longa de 7.300 metros, ambas com partida às 15:10.
E esta caminhada será totalmente no Campo Militar com passagem pelas várias unidades, onde se incluem passagens junto das viaturas de serviço
A S. Silvestre é solidária, como tem sido sempre desde o início. E a solidariedade aponta à recolha de bens alimentares para que a Loja Social de Constância, da Misericórdia, e a associação “Os Quatro Cantos do Cisne” da Pereira possam entregar às famílias mais carenciadas. Haverá ainda um apoio à Associação dos Deficientes das Forças Armadas e um outro para a Pipoca Beatriz.
Beatriz Morgado tem 12 anos, nasceu com paralisia cerebral e precisa de mudar de cadeira de rodas. Esta cadeira tem um valor de 7.400 euros e um dos objetivos passa por ajudar a sua aquisição.
Quanto aos bens, Dinis Faustino apontou os bens alimentares não perecíveis e a brinquedos
Elisabete Jacinto foi uma das quatro madrinhas presentes neste lançamento da S. Silvestre Solidária 2024 e apontou à sua missão “que é incentivar à atividade física.”
A piloto todo-o-terreno indicou que hoje há imensos estudos que comprovam que a atividade física é importante para uma boa saúde do corpo humano. Por outro lado, vincou que a esperança média de vida aumenta, mas não aumenta a saúde. A OMS recomenda 30 minutos de atividade física por dia e isso “não implica ir para o ginásio. Há outras atividades simples que podem ser feitas. Mesmo as crianças estão cada vez mais fechadas nos aparelhos eletrónicos e até há pais que pensam que estão mais seguras no iPad ou computadores em vez de andarem na rua a correr e a subir às árvores.”
O Brigadeiro General Luís Calmeiro começou por indicar que esta prova “para nós é uma operação militar. Carece de planeamento. Estamos a preparar as várias máquinas que vão ser testadas no dia 14 de dezembro.”
Luís Calmeiro fez uma resenha breve das atividades desportivas com a S. Silvestre e a Rota da Hakea. A primeira edição da S. Silvestre Solidária juntou 270 atletas, mais a caminhada, e recebeu entre uma a duas toneladas de bens.
A partir de 2017 passou a ser de forma colaborativa com a Câmara Municipal e passou a ter madrinhas. Elisabete Jacinto é madrinha desde o início.
Luís Calmeiro deixou a nota que este desafio foi crescendo porque é preciso acreditar nestas áreas. A solidariedade tem estado presente desde o início. Em 2016 esteve muito dentro das forças armadas. O General Eduardo Mendes Ferrão, hoje Chefe do Estado Maior do Exército (CEME), foi quem lançou a semente para que hoje a prova seja como é.
Esta prova é feita no campo de manobras do exército. É também treino físico e é também ambiente. “Recebemos certificado ambiental para mais três anos", indicou o comandante da Brigada.
O comandante da Brigada Mecanizada Independente deixou ainda outra nota, que o Campo Militar tem paisagens deslumbrantes desconhecidas, mesmo por uma parte dos cidadãos desta região.
Sérgio Oliveira, presidente da Câmara de Constância, agradeceu à Brigada Mecanizada a colocação no terreno desta prova de solidariedade e de promoção da atividade física. Tem sido uma prova a marcar o calendário anual na região e é também um dia de festa. “Isso constata-se no dia da prova.”
Sérgio Oliveira indicou que são 22 os agregados familiares a beneficiar do apoio da loja social. Em relação a 2023 houve uma diminuição ligeira das famílias a receber apoio.
Luís Calmeiro indicou que a meta é sempre fazer mais e melhor. Este ano pode apontar-se a 1.500 participantes e o objetivo aponta a cinco toneladas de bens.
O comandante indicou que o Campo Militar criou uma série de trilhos propícias para Trail ou BTT. Quando questionado se estes trilhos podem proporcionar uma prova de BTT, não disse que não, mas aproveitou para dizer que a equipa de BTT da Brigada ganhou o campeonato nacional no Exército.
A S. Silvestre Solidária é a 14 de dezembro, a data limite de inscrições é o dia 8 de dezembro e as mesmas podem ser feitas no site do Trilho Perdido.
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