Domingo há eleições na União das Freguesias de Alvega e Concavada na sequência do impasse resultante dos resultados das autárquicas de 26 de setembro do ano passado.
O PS repete a equipa de setembro, a CDU muda o cabeça de lista e em vez do PSD e do BE, que ficaram em segundo e terceiro lugar, surge um movimento independente com a fusão destas duas listas.
A ordem do boletim de voto está definida, em cima a CDU, a meio o PS e em baixo o MIUFAC.
Desde 14 de março que as listas percorrem todas as ruas de todos os lugares da freguesia. Para além de Alvega e Concavada os candidatos andam numa lufa-lufa de porta a porta em Areia, Casa Branca, Lampreia, Monte Galego, Portelas, Ribeira de Fernando, Tubaral, Ventoso.
As candidaturas
A CDU muda o cabeça de lista em relação a setembro do ano passado. A lista é liderada por Augusto Mourato, seguindo-se João Farinha, Marta Delgado e Fernando Matos. O candidato comunista aponta a saúde e os idosos como principal prioridade do seu trabalho e espera um melhor resultado que em setembro.
O PS apresenta a mesma equipa liderada por José Felício e presidente da União de Freguesias em exercício. Seguem-se Carlos Francisco, Vera Catarino e Augusto Pires. José Felício tem expetativa de continuar a liderar a junta de freguesia. À Antena Livre revela que as prioridades apontam a uma linha de continuidade com o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido.
O MIUFAC (Movimento Independente da União de Freguesias de Alvega e Concavada) junta na mesma lista os nomes que integraram as listas de PSD e Bloco de Esquerda em setembro do ano passado. O MIUFAC apresenta António Moutinho (foi o cabeça de lista do PSD) como candidato a presidente da União de Freguesias, seguindo-se Eduardo Jorge (foi o cabeça de lista do Bloco de Esquerda, como independente). Seguem-se Clara Vicente e Joaquim Catarrinho.
As expetativas de António Moutinho apontam à vitória e as prioridades são muitas, começar pela reorganização administrativa da freguesia ou dos serviços da freguesia, colocando Alvega e Concavada no mesmo patamar, no que ao serviço da freguesia diz respeito.
Há uma prioridade comum aos três candidatos que é, na requalificação do património, uma intervenção na Praça da República com uma atenção especial para o coreto que ali existe.
Reportagem do jornalista Jerónimo Belo Jorge com os candidatos à presidência da junta de freguesia
O motivo da repetição do ato eleitoral
Nas eleições autárquicas de 26 de setembro, o PS venceu as eleições para aquela união de freguesias do concelho de Abrantes por 23 votos, elegendo três elementos, tantos quantos o PSD, a segunda força política mais votada, e tantos quantos o BE, ou seja, três elementos cada um.
Na primeira tentativa de instalação dos órgãos autárquicos na freguesia, em 16 de outubro, o presidente eleito, José Felício, o único eleito que pode apresentar propostas para formação do executivo, propôs que os dois vogais fossem da sua lista, ocupando as funções de secretário e de tesoureiro, proposta rejeitada pela maioria, tendo, em sequência, em 22 de outubro, o PS apresentado os mesmos nomes, mas invertendo as suas funções, o que foi novamente chumbado pela oposição com seis votos contra (BE e PSD), e três a favor por parte do PS.
Ficou então marcada para o dia 25 de novembro uma terceira reunião no sentido de poder ser encontrada uma solução para a Junta de Freguesia de Alvega e Concavada. A reunião realizou-se e não havendo entendimentos entre as três forças políticas os elementos das listas do PSD e do Bloco de Esquerda apresentaram renúncia ao mandato, empurrando, desta forma, a resolução da falta de entendimento para os eleitores.
Seguiu-se então o processo administrativo que levou um representante do governo a decretar a realização de eleições, que teriam de ocorrer seis meses após o ato eleitoral anterior, ou seja seis meses depois do 26 de setembro de 2021.
O prazo para apresentação das listas terminou a 14 de fevereiro, a campanha eleitoral começou no dia 14 e termina esta sexta-feira, 25 de março. O ato eleitoral terá lugar domingo, dia 27 de março.