A Assembleia Municipal de Abrantes reuniu-se esta sexta-feira, começou às 14:30 e terminou às 20:29. Foi seis horas de discussão a troca de argumentos entre as bancadas dos partidos eleitos e o executivo municipal, na quase totalidade das intervenções, representado pelo seu presidente. No final foram apreciados e discutidos 23 pontos de uma ordem de trabalhos que começa sempre com o período antes da ordem do dia e com a informação do presidente.
No geral, todos os pontos foram aprovados, uns mais pacíficos por unanimidade, outros com mais discussão e divisão de opiniões tiveram aprovações pela maioria do partido Socialista, que suporta a gestão autárquica.
Vamos por pontos. Antes da ordem do dia, Bloco de Esquerda (BE) e PSD apresentaram um conjunto de perguntas ao presidente Manuel Jorge Valamatos obre o corte de árvores, nomeadamente dos plátanos, na urbanização que tem aquele nome em Alferrarede. O presidente respondeu assumindo a decisão de abater sete plátanos quando soube que poderiam cair, estando cinco deles, num parque infantil. Disse ter o relatório técnico disponível para quem estiver interessado em consultar.
O BE questionou a execução da recomendação para que a Câmara Municipal regularize o processo de uma parcela de terreno com a empresa Mercar, aprovada em Assembleia Municipal. Caso contrário, afirmou Pedro Grave, terá de imputar o ónus dos prejuízos que dali podem advir para o Município à gestão socialista. Na resposta o presidente, Manuel Jorge Valamatos, referiu que enquanto não estiver concluído o processo de Jorge Ferreira Dias esse é um assunto em “stand by”.
João Fernandes, da bancada social-democrata, questionou diretamente o presidente da Câmara para saber se Abrantes está ou não na “corrida” a poder acolher um núcleo do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria. Revelou que outros Municípios do Médio Tejo (Entroncamento, Tomar, Torres Novas e Mação) já disponibilizaram instalações e vontade de acolher aquele serviço. Valamatos respondeu dizer estar atento e revelando até que há outras possibilidades para além deste núcleo do Tribunal que está em Leiria, embora não tenha adiantado quais.
Bruno Tomás, presidente da União das Freguesias de Abrantes, foi destacar a realização do Festival ao Alto, que aconteceu recentemente em Abrantes, como sendo uma das iniciativas a repetir e reforçar a aposta. Deixou também aos presentes a satisfação pela requalificação da praceta do Chafariz, em Abrantes, que necessitava de obras há muito tempo.
Sobre a presença de javalis cada vez mais nas zonas urbanas, João Fernandes, do PSD, perguntou o que é que a Câmara estava a fazer perante estes “avistamentos” e o presidente do executivo disse estar atento e a tentar articular com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) uma ação mais concreta.
Também foram colocadas algumas perguntas sobre o futuro da Central do Pego, nomeadamente o encerramento dos grupos a carvão em 2021, ou seja, daqui a dois anos.