O candidato do Chega à Câmara de Abrandes, Mário Lucas, disse hoje que concorre para operar uma “mudança” no concelho, que “estagnou no tempo” e “é hoje, politicamente, um deserto onde o socialismo secou tudo à sua volta”.
“Os vícios, o compadrio, a acomodação à situação existente, as pressões inaceitáveis sobre munícipes e atividades que pretendam fugir ao controlo socialista” são “os alvos da campanha do Chega em Abrantes”, disse à Lusa Mário Lucas, tendo afirmado que “Abrantes é hoje, politicamente, um deserto onde o socialismo secou tudo à sua volta”.
Natural de Ferreira do Zêzere e residente na Cidade de Tomar, Mário Lucas disse que concorre aos órgãos municipais de Abrantes (Santarém) por defender ser “tempo de mudança”, e “tempo de os portugueses e os munícipes de Abrantes, a sua população e o seu território, perceberem que foram os socialismos que os colocaram no estado inerte em que se encontram”, tendo alargado as críticas ao “partido comunista e aos extremistas do Bloco”.
Militante do Chega, Mário Lucas, vice-presidente da Comissão Política Distrital do partido e membro do Conselho Nacional do mesmo, foi candidato pelo Chega às eleições legislativas de 2019 pelo círculo eleitoral de Santarém, tendo apontado, além das críticas à gestão socialista, aos pontos negativos do concelho de Abrantes e a fatores com potencial de desenvolvimento.
“O território do Concelho de Abrantes estagnou no tempo. Na cidade tem-se a perceção do estado de degradação de edificado com aparência de abandono, edifícios devolutos e até vandalizados por grafitagem”, elencou, tendo acrescentado que “a circulação automóvel é dificultada por mau planeamento viário havendo pontos onde a ausência de distribuidor de trânsito é confrangedora”.
Mário Lucas defendeu como “necessário avaliar uma via circular alternativa pelo sudoeste da cidade”, tendo feito notar que, “dividindo-se a cidade pelas duas margens do Tejo, tem apenas uma insuficiente via de ligação rodoviária entre elas”.
Por outro lado, continuou, “o rio Tejo não está integrado na cidade, parece um intruso que divide a cidade”, tendo defendido como “necessário que os munícipes sintam a sua utilidade e o Rio como seu. O açude parece ter sido concebido com deficiência técnica, o espelho de água só o é a tempo parcial, não cumpre a função para que foi concebido e é necessário integrar o Tejo no fruir da cidade”, reiterou.
Relativamente ao setor secundário, Mário Lucas disse que Abrantes “tem três pontos de interesse relevante”, referindo “no Tramagal a indústria automóvel, no Pego a produção de energia, e a Zona (pouco) Industrial no Olho de Boi”, tendo afirmado que “Abrantes tem mais potencial”, e destacado, no setor primário, “a produção florestal”, que, “com a agricultura, constitui parte relevante da produção e rendimento dos munícipes”, setor que “é necessário preservar e melhorar”, defendeu.
“Sendo Abrantes um território politicamente estagnado, o partido Chega pugnará pela mudança”, numa estratégia que “passa necessariamente pela racionalidade, eficiência e rigor no uso dos recursos disponíveis, destinando ao consumo a parcela absolutamente necessária e destinando ao investimento produtivo o grosso dos recursos”.
Com o lema “Para a mudança Abrantes diz Chega”, um “mote que será adequado a cada fase da campanha”, Mário Lucas reforçou a ideia do “combate ao supérfluo, ao desperdício e à ostentação” como sendo “a forma essencial de respeitar os munícipes e os seus interesses e necessidades” e de “repor a coesão da moral social entre os cidadãos, na família, na freguesia, no município e no Estado”.
O Chega concorre em Abrantes com Mário Lucas à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal com Luís Carloto, técnico de ótica, 41 anos, residente em Abrantes, não apresentando candidatos às freguesias.
Nas anteriores autárquicas, em Abrantes, o PS elegeu cinco elementos para o executivo, e o BE e o PSD elegeram um vereador cada.
Além de Mário Lucas, que concorre pelo Chega, os candidatos a Abrantes são Vasco Damas, pelo movimento ALTERNATIVAcom, Vitor Moura, pelo PSD, Chaleira Damas, pela CDU, Manuel Jorge Valamatos, atual presidente, que concorre pelo PS, e Armindo Silveira, atual vereador, é o cabeça de lista do BE.
As eleições autárquicas estão agendadas para o dia 26 de setembro.
Lusa