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Autárquicas/Abrantes: BE apresenta Programa Eleitoral e faz duras críticas à governação socialista | COM SOM

19/09/2017 às 00:00

O Bloco de Esquerda de Abrantes apresentou este domingo o seu Programa Eleitoral, numa sessão que contou com a presença de Carlos Matias, deputado do BE por Santarém e da Coordenadora Nacional, Catarina Martins.

Joana Pascoal, candidata à Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de São Facundo e Vale das Mós, foi quem deu conta das linhas estratégicas que o Bloco apresenta a estas eleições: Direitos Sociais, cidadania e transparência, ambiente e sustentabilidade, descentralização, cultura e educação, economia, reabilitação e emprego.

Como “compromissos para o concelho de Abrantes”, o Bloco assume, entre muitas outras medidas, “criar as condições para implementar uma rede de Centros de Convívio para os Seniores; descentralizar as sessões de Assembleia Municipal como forma de aproximar os eleitores e eleitos e transmitir as sessões da Assembleia Municipal com áudio e vídeo, em difusão direta e diferida, com arquivo permanente online; criação de um Centro de Informação Ambiental com diversas vertentes entre as quais identificar, divulgar e contribuir para a resolução dos problemas ambientais do concelho e da região; resolver os problemas no Aterro Sanitário Intermunicipal de Abrantes; resolver os problemas do Açude Insuflável de Abrantes; defender a instituição de Regiões Administrativas; reavaliação de equipamentos, recursos e conteúdos culturais; reabilitação faseada do edificado municipal e, quando adequado, promover o seu arrendamento a custos controlados; mover diligências para que seja instalada uma Unidade de Cuidados Continuados; travar a demolição do antigo Mercado Diário de Abrantes e rever todo o projeto envolvente”. Na área da Educação, “o Bloco de Esquerda defenderá intransigentemente a autonomia das escolas e suspenderá a intervenção nas antigas instalações do Colégio de Nossa Senhora de Fátima, para confirmação da necessidade de mais uma escola em Abrantes”.

Apresentado o Programa Eleitoral, foi pela voz de Miguel Moreira, candidato à União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, que as primeiras críticas se fizeram ouvir e foram dirigidas à candidata do PS, Maria do Céu Albuquerque.

Miguel Moreira falou “em nome dos 5 candidatos” do Bloco às Assembleias de Freguesia do concelho e disse terem sido “desconsiderados pela candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Abrantes”. Citou Maria de Céu Albuquerque quando esta afirmou que o PS “tem os melhores candidatos, os únicos candidatos que têm projeto, que têm equipa, que têm estratégia que querem governar para servir as pessoas e não para se servirem a si próprios”. Miguel Moreira considerou esta afirmação como “uma infelicidade enorme” e disse que “nós, candidatos, merecemos muito mais respeito. Penso que a senhora candidata, Maria do Céu Albuquerque está ainda a tempo de se vir retratar e de nos vir pedir desculpas”. Ainda sobre este assunto, o candidato bloquista acrescentou que “nem de propósito, hoje vi na internet – a internet às vezes tem destas coisas – que o nosso concorrente, que concorre à União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, se apresenta nos cartazes, profissionalmente, como presidente de Junta. Ora bem, neste caso tenho a dizer que eu tenho profissão, antes de chegar a esta candidatura, e com certeza terei profissão, espero, depois desta candidatura. Portanto, se há exemplos de alguém que se serve da política, com certeza eles não estão no Bloco de Esquerda”, concluiu Miguel Moreira.

Armindo Silveira, candidato à Câmara Municipal pelo Bloco de Esquerda, começou a sua intervenção a dizer que era candidato à Câmara Municipal mas que “não deixo de ser cidadão, ambientalista e ativista”, referindo o trabalho feito em prol da “defesa do rio Tejo e das populações”.

As críticas voltaram a surgir na voz do candidato bloquista que afirmou que o Bloco não conseguiu mais candidaturas porque as pessoas têm medo. “Eu não quero viver num concelho onde os cidadãos não exercem a liberdade política com medo de retaliações pelo poder vigente. Tivemos cidadãos que desistiram das listas do Bloco e outros que, pese embora a vontade, recusaram-se a participar. O Bloco de Esquerda não tem medo e lutará sempre em defesa da transparência”, anunciou.

Armindo Silveira voltou depois a enunciar uma série de denúncias do que afirmou ser a governação dos Executivos socialistas ao longo dos anos no concelho de Abrantes.

Temas como o Vale da Fontinha, a Etar dos Carochos, RPP Solar, Projeto Aquapólis e Açude Insuflável, o Aterro Sanitário de Abrantes, a poluição no rio Tejo, o travessão do Pego e também o impedimento da progressão das carreiras por parte dos funcionários da Autarquia, foram trazidos pelo candidato.  

Mas as denúncias não se ficaram por aqui. Desde as viagens à sede da Microsoft, em Seattle, à compra de um terreno na zona industrial e a votação, na Assembleia Municipal, acerca da introdução do ponto sobre a não demolição do antigo mercado, foram objeto de duras críticas por parte de Armindo Silveira que considerou a governação de Maria do Céu Albuquerque como o “legado de irresponsabilidade, manipulação e falta de transparência”.

“Perante estes factos e muitos mais que não couberam nesta comunicação, todos os que votarem na candidatura de Maria do Céu Albuquerque ficarão ligados a uma governação de 8 anos irresponsável, com falta de transparência e com ilegalidades à mistura que atentam contra a democracia, contra a liberdade política e anulam oportunidades para o concelho de Abrantes”, declarou Armindo Silveira.

Já Catarina Martins, coordenadora nacional do Bloco, falou do ambiente e também criticou o atual Executivo que considerou “permeável aos interesses económicos”.

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