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Autárquicas/Sardoal: PS apresenta propostas do seu Programa Eleitoral e deixa críticas ao Executivo

26/09/2017 às 00:00

O Partido Socialista de Sardoal apresentou os seus candidatos e propostas com vista às Eleições Autárquicas de dia 1 de outubro.

Num jantar realizado na sexta-feira, Hugo Costa, em representação da Federação Distrital de Santarém, foi o primeiro a usar da palavra e afirmou ser notório que Sardoal precisa de uma mudança, defendendo o que chamou de uma política de transparência e uma política social.

“A necessidade de mudança no Sardoal é óbvia e clara”, considerou o socialista que disse que “basta passar nas ruas, desertas e sem ninguém”. Referiu que o “Partido Socialista defende (…) uma política transparente no Município, uma política de defesa das pessoas, uma política que não se baseie nas grandes obras mas sim em ajudar as pessoas”.

Jorge Lacão foi quem representou a Federação Nacional do Partido Socialista. De regresso à região, falou das relações de proximidade que tem do concelho e dos amigos que ali encontrou e reforçou a ideia de que “o Sardoal precisa de um novo fôlego”. “Municípios como o do Sardoal vivem, naturalmente, dificuldades maiores. São mais isolados, têm menos possibilidades de crescimento económico, precisam de ser mais ajudados e apoiados”, declarou.

As críticas mais duras ao atual Executivo da Câmara Municipal ficaram a cargo de Fernando Vasco, candidato do PS à Assembleia Municipal de Sardoal. “Sou autarca na minha terra desde 2005. Quatro anos na Assembleia Municipal e oito anos na Câmara como vereador e, deixem-me que vos diga, que a maioria dos problemas existentes em 2005, mantêm-se hoje por resolver”, proferiu. O vereador eleito voltou a referir as acusações que tem feito ao longo deste mandato e falou da Casa dos Almeidas, do Bairro da Torre, do Externato Rainha Santa Isabel, das ETAR’s e da Barragem da Lapa.

Para Pedro Duque, candidato socialista à Câmara Municipal de Sardoal, estava reservado o último discurso da noite. Apresentou as propostas do seu programa eleitoral e falou de uma política de sectarismo e de interesses privados ao referir-se ao atual Executivo. Populismo e ambição pessoal foram críticas feitas por Pedro Duque ao candidato social-democrata, Miguel Borges.

“Vivemos no Sardoal tempos de algum populismo em que, com recurso a um mediatismo desenfreado, muitas vezes à custa do próprio Município e a pretexto da promoção da imagem do concelho para fora, se pretende não mais que que a promoção pessoal, em prol de ambições pessoais que não cabem seguramente dentro das fronteiras do nosso concelho”, afirmou Pedro Duque.

Quanto à realidade do concelho, o candidato do PS disse que “ao contrário do que por vezes se quer fazer parecer, está longe de ser paradisíaca. No Sardoal, a cada ano que passa, somos menos, somos mais pobres e com acesso a muito menos valências e serviços”.

As propostas

No que diz respeito a propostas e prioridades, Pedro Duque avançou que a “principal prioridade” prende-se com “a inversão do ciclo demográfico decrescente que se verifica há cerca de duas décadas”. E afirmou que “os sardoalenses não têm que ver os seus filhos partirem constantemente para outras paragens, em busca de uma vida melhor e mais sustentada”.

A candidatura, segundo acrescentou, tem “um projeto assente num modelo sustentado de crescimento económico-social, tendo por base um conjunto de medidas que visam essencialmente a fixação e captação de casais jovens no concelho”. E deu exemplos. “A urgente revisão do PDM que no sentido de permitir a reorganização dos espaços urbanizáveis no concelho, bem como a ampliação da zona industrial ou a criação de outros espaços industriais, associadas a um pacote de medidas de incentivo à natalidade e melhoria da qualidade de vida dos sardoalenses”.

Afirmando ter consciência do envelhecimento da população do concelho, Pedro Duque avançou como medida “imediata”, a “aplicação de um pacote de medidas de proximidade por forma a atenuar a situação de carência em que estas pessoas se encontram”. Os mais jovens também não foram esquecidos e “para eles, propomos um conjunto de medidas por forma a melhorar a sua qualidade de vida, a sua qualificação, a sua entrada no mercado de trabalho, a ocupação dos seus tempos livres e a sua apetência para as questões de cidadania”.

No turismo, “temos um conjunto de propostas no sentido de complementaridade com a oferta dos espaços e valências, com especial incidência no projeto integrado que pretendemos para o aproveitamento da Barragem da Lapa e seus espaços adjacentes, tal como um espelho de água, um parque de campismo, a recuperação da escola de Cabeça das Mós e a construção de um passadiço até à aldeia de Cabeça das Mós”.

O património edificado também é visado nas propostas socialistas e Pedro Duque considera “um absurdo o estado de abandono a que ficaram condenados um conjunto de imóveis municipais, tais como a Casa dos Almeidas, o Externato Rainha Santa Isabel, a escola de Cabeça das Mós e a própria Barragem da Lapa e espaço envolvente”.

Já a situação financeira do Município, “ao contrário do que se propaga, é débil”. Neste capítulo, Pedro Duque declarou que o PS “tem um conjunto de medidas que pretende implementar por forma a aumentar a liquidez financeira quotidiana do Município, através da renegociação de um conjunto de contratos altamente lesivos para o Município, assim como através da racionalização do recurso aos contratos de outsourcing”.

“Pretendemos ser diferentes”, concluiu o candidato, acrescentando que “a melhoria da qualidade de vida dos sardoalenses e atenuação das suas dificuldades do dia-a-dia são o nosso objetivo principal”.

O PS de Sardoal candidata ainda Miguel Catalão Alves à Junta de Freguesia de Sardoal, Vicente da Neta à Junta de Valhascos e Joaquim Serras Gonçalves em Alcaravela.

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