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ANAFRE: Bruno Tomás toma posse como coordenador distrital da ANAFRE (C/ÁUDIO)

4/11/2020 às 15:17

Com a saída de Joel Marques, ex-presidente da Junta de Freguesia da Carregueira (Chamusca) Bruno Tomás assegura até 2021 a coordenação distrital da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).
O mesmo assume que este último ano vai ser um desafio enorme de ficar a continuar o excelente trabalho que o Joel Marques estava a fazer na coordenação distrital da ANAFRE.
Neste último ano de mandato antes das eleições, Bruno Tomás, presidente da União das Freguesias de Abrantes e Alferrarede, diz que o inevitável é tratar dos processos que estão em mãos e não podendo fugir ao tema da desagregação ou criação de novas freguesias, o mesmo expôs que o primeiro passo é fazer uma coisa que não foi feita nestes últimos anos, que se trata de "ouvir as pessoas e perceber o que foi bem feito e o que foi mal feito" e a preferências das mesmas.
O projeto de lei do caso vai ser entregue antes das eleições de 2021 e o coordenador distrital referiu estar "expectante sobre o que o Presidente da República vai dizer, se vai promulgar ou não". A ANAFRE e não só o mesmo, vão continuar a estar atentos a todos os acontecimentos e a ir de encontro às expectativas que as populações anseiam e que foi mal feito no processo de agregação de freguesias.
Comentando a opinião do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, sobre não ser apologista de a "um de eleições se mexer com as freguesias e alterações territoriais", Bruno diz que a respeita a opinião, porém que "neste país não podemos estar sempre a arranjar argumentos sejam eles validos ou não, para adiar processos que são inadiáveis" e referiu que a ANAFRE têm de ter capacidade de defender o estatuto de eleito local devido às proximidades e provas que as Juntas de Freguesias têm dado.

Bruno Tomás, novo coordenador distrital da ANAFRE

Enquanto questionado sobre o papel dos presidentes de junta que apenas tinham determinadas funções, Bruno Tomás deixou claro que "nós não podemos tirar do orçamento da junta o pagamento do meio tempo ao presidente de Junta no seu exercício de funções porque estarmos a limitar esses fundos públicos para o benefício do espaço publico, porque essa é a primeira intenção de qualquer eleito local, que é o benefício dos espaços públicos, a qualidade de vida da sua população e dar reposta aos anseios da mesma".
Ainda sobre a agregação ou desagregação das Freguesias Bruno Tomás assumiu que do seu conhecimento "ainda não existe nenhum estudo concelhio feito sobre o futuro mapa de Freguesias na eventualidade de o processo se avançar, porém há alguns presidentes de Junta que já têm uma ideia muito estabilizada do que se pode vir a fazer ou seja a desagregação, ou agregação das tais freguesias e também há aqueles que dizem que efetivamente a agregação ate funcionou que ganharam escala, ganharam varias capacidades", mas sublinhou que o importante é ouvir as pessoas e confessou concordar com agregação dando o exemplo da sua própria freguesia.
A questão do ordenamento do território e da regionalização, dos eleitos locais e o trabalho a meio tempo e a tempo inteiro, a modificação e extinção de freguesias vão ser então os desafios que a ANAFRE vai ter em mãos na defesa deste último ano até novas eleições que deverão ser agendadas para outubro de 2021.

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