O alerta amarelo, e depois laranja, lançado pela Proteção Civil, levou a que a ação do Partido Ecologista Os Verdes (PED) agendado para a manhã desta terça-feira, dia 13 de dezembro, em Abrantes, tenha tido um caráter simbólico. Mesmo assim Os Verdes assinalaram as “monoculturas de eucalipto como um dos maiores flagelos para a biodiversidade em Portugal, nomeadamente na região do Médio-Tejo”, colocando uma bandeira negra no Vale das Cerejeiras, no concelho de Abrantes.
Esta bandeira negra visou, de acordo com PEV, denunciar o papel altamente nefasto para a biodiversidade (com o empobrecimento dos solos, pela incompatibilidade com outras espécies, sejam elas vegetais ou animais, pelas características que têm a nível dos incêndios, entre outras) que tem tido a monocultura de eucalipto no território português, não só continental como também o da ilha da Madeira, território no qual se foi paulatinamente expandindo desde os meados dos anos 80.
Manuela Cunha, dirigente do PEV, explicou à Antena Livre que a escolha de Abrantes para colocação desta Bandeira Negra deve-se à forte pressão que o concelho, e toda a região do Médio Tejo, sofrem desde 1985 com os eucaliptos, e quanto esta pressão tem contribuido para os incêndios nesta região, hipotecando o seu desenvolvimento. Ainda de acordo com a dirigente e ativista, na Portaria sobre os PROF publicada em janeiro deste ano, está previsto o aumento da mancha de eucalipto para o Gavião, Ponte Sor, Vila do Rei, Mação, Sardoal, Tomar, entre muitos outros.
Manuela Cunha
Em nota enviada às redações Os Verdes explicam que ao escolher Abrantes para colocar a bandeira negra quiseram assinalar, no quadro das comemorações dos 40 anos do PEV, as “lutas aqui travadas pelo PEV e com as populações, nos anos 80 e 90, contra a instalação de eucalipto em terras de pinhal, olival e outras produções agro-florestais.”