O PSD questionou o Governo sobre a situação dos helicópteros Kamov, questionando os ministros da Defesa e da Administração Interna se o executivo tem ou não intenção de os reparar para tornar estes meios aéreos operacionais.
Numa pergunta entregue no parlamento e hoje divulgada, os deputados sociais-democratas consideram que, numa altura em que o Governo anunciou a aquisição de novas aeronaves para a frota de meios aéreos do Estado, “é importante saber qual a situação atual e futura dos Kamov que se encontram parados”.
O PSD recorda que os Kamov foram adquiridos em 2006 pelo Ministério da Administração Interna, então liderado pelo atual primeiro-ministro, António Costa, e que “após anos de contenda judicial com as empresas operadoras, continuam parados no hangar de Ponte de Sor, sem que se saiba qual a solução que o Governo pretende dar a estas aeronaves”.
“O Governo já tomou alguma decisão sobre qual o rumo a dar a estas aeronaves, nomeadamente se os vai recuperar, alienar ou simplesmente abater?”, questionam os deputados sociais-democratas.
O PSD quer ainda saber se foi elaborado algum estudo acerca do custo/benefício sobre o arranjo dos Kamov versus o aluguer/aquisição de novas aeronaves.
Os sociais-democratas sublinham que, em dezembro de 2019 em resposta a uma pergunta do PSD, o ministro da Administração Interna disse que a decisão “sobre a reposição das condições de voo dos helicópteros Kamov estava a ser avaliada pelo Grupo de Trabalho de acompanhamento da reforma de gestão dos meios aéreos”.
“Passados quinze meses acreditamos que o Governo já possua uma resposta, a qual desconhecemos, que lhe permita decidir sobre o futuro destes helicópteros”, referem.
No início de março, num Conselho de Ministros dedicado às florestas, o ministro Eduardo Cabrita anunciou que Portugal vai adquirir 14 meios aéreos próprios de combate aos incêndios rurais até 2026: seis helicópteros ligeiros, seis helicópteros médios e dois aviões anfíbios pesados.
Questionado, nessa ocasião, sobre os helicópteros Kamov do Estado comprados em 2006 e que se encontram há alguns anos inoperacionais, Eduardo Cabrita afirmou que a Força Aérea “está a concluir as análises técnicas” para que sejam tomadas decisões sobre a sua utilidade operacional ou sobre outras decisões de Estado.
Lusa