Dois cidadãos de Abrantes lançaram ontem uma petição pública "contra a demolição do histórico mercado diário", instalado no centro da cidade, apelando ao município para apostar na requalificação do edifício.
Os autores lembram que “há largo tempo que se discute a possibilidade de a Câmara Municipal de Abrantes ordenar a demolição do antigo mercado diário” e que o Plano de Urbanização de Abrantes “autoriza a Câmara Municipal a proceder desse modo insensível e insensato, destruindo mais um pedaço largo da alma abrantina".
Lusa
Petição:
"Não à demolição do histórico Mercado Diário de Abrantes! Não à destruição da alma abrantina!
Para: Excelentíssima Senhora Presidente da Câmara de Abrantes; Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Abrantes; e Excelentíssimo Senhor Presidente da União de Freguesias de Abrantes, São Vicente, São João e Alferrarede:
Excelentíssima Senhora Presidente da Câmara de Abrantes;
Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Abrantes; e
Excelentíssimo Senhor Presidente da União de Freguesias de Abrantes, São Vicente, São João e Alferrarede:
Para os abrantinos, o edifício do antigo mercado diário é um marco cultural, patrimonial e histórico que robustece o sentimento de identidade local.
Além de ser uma obra relevante do modernismo português, está inscrito na memória das pessoas que fazem a sua vida quotidiana em Abrantes, existindo um carinho inegável da população para com uma construção que, durante anos, foi um espaço nobre de comércio e de interacção entre as gentes de Abrantes.
Há largo tempo que se discute a possibilidade da Câmara Municipal de Abrantes ordenar a demolição do antigo mercado diário.
Essa hipótese tornou-se numa certeza desde que, em Assembleia Municipal de 29 de Setembro de 2016, foi aprovado o Plano de Urbanização de Abrantes (PUA), que autoriza a Câmara Municipal a proceder desse modo insensível e insensato, destruindo mais um pedaço largo da alma abrantina.
Porque os cidadãos não podem ficar quietos e silenciosos, enquanto se prepara um atentado irreparável ao património e à alma abrantina, vimos, por este meio, apelar a que a edilidade mude o seu propósito e aposte na requalificação do edifício.
Os abrantinos, com certeza, ficarão gratos! Por favor, não demulam o edifício do antigo mercado diário!
António Cartaxo e António Castelbranco"