O Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém emitiu novo comunicado a dar conta que o caudal do rio Tejo continua com variações, mas com uma tendência de subida, para as próximas horas.
As barragens de Fratel, Pracana e Castelo de Bode têm debitado nas últimas horas valores com flutuação entre os 1500 m3/s e 2000m3/s no conjunto das barragens, com algumas oscilações.
Durante o dia irá sentir-se uma subida das alturas hidrométricas, podendo registar-se efeitos previsíveis que constam abaixo.
O aumento do caudal do rio Tejo é a consequência da precipitação intensa que se registou durante o dia de ontem em toda a bacia hidrográfica, que originou o aumento das descargas efetuadas pelas barragens (Fratel e Pracana) que apresentam valores de 98% de capacidade de enchimento.
A informação disponível aponta para uma descida dos caudais registados em Almourol em valores inferiores aos 1.800 m3/s.
Assim, os efeitos verificados serão:
Município de Constância - Submersão parcial do parque de estacionamento de Constância junto ao Rio Zêzere;
Município de Santarém - Ponte dos Alcaides – São Vicente do Paúl – Submersa;
Município de Coruche - E.M. 590 Couço – Stª Justa – Submersa;
Município do Cartaxo - Caminho Municipal Setil – Ponte do Reguengo – Submersa;
Município de Alpiarça - Campos agrícolas na zona do Patacão;
Município de Santarém/Golegã - Submersão da E.N. 365 na zona da Ponte do Rio Alviela;
Quanto à previsão para as próximas horas:
- Aumento significativo do caudal do Rio Tejo nas próximas horas;
- Elevada possibilidade de galgamento de margens em algumas das zonas Ribeirinhas, com efeitos idênticos aos do fim-de-semana passado.
Desta forma a Comissão Distrital Proteção Civil mantém o nível de alerta do Plano Especial de Emergência na Bacia do Tejo no Nível Azul.
Atendendo à instabilidade meteorológica que ainda se verifica, mantêm-se todas as recomendações. Neste sentido mantêm-se os seguintes conselhos à população:
- Retirar das zonas confinantes das linhas de água, normalmente inundáveis, equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens;
- Retirar os animais para locais seguros;
- Não atravessar, com viaturas ou a pé, estradas ou zonas alagadas;
- Manter-se informado através dos Órgãos de Comunicação Social ou dos Agentes de Proteção Civil, desenvolvendo as ações necessárias para a sua proteção, da família e bens.