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Autarcas do Médio Tejo têm até 15 de setembro para apresentar proposta para nova travessia sobre o Tejo

1/08/2018 às 00:00

Na sequência do pedido que a presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) efetuou junto do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, a solicitar uma reunião sobre a necessidade de uma nova travessia sobre o rio Tejo, os autarcas Maria do Céu Albuquerque, de Abrantes, Sérgio Oliveira, de Constância, e Fernando Freire, de Vila Nova da Barquinha, reuniram esta terça-feira com o governante.

“Aquilo que nós apresentámos ao sr. Ministro foram as preocupações do Médio Tejo relativamente às acessibilidades ao sul da nossa região e do nosso distrito, falando-lhe dos constrangimentos que existem ao nível da ponte da Chamusca e da ponte Constância – Barquinha e também dos constrangimentos que existem em Abrantes com as duas passagens que existem – no Rossio e em Mouriscas – e daquilo que é uma necessidade imperiosa de haver uma travessia qualificada em toda esta zona”, informou Maria do Céu Albuquerque.

A presidente da CIMT e da Câmara Municipal de Abrantes disse ainda que, “a par disso, também precisamos de uma variante a alguns troços da Estrada Nacional 118, permitindo retirar o tráfego de dentro das nossas localidades, em todo o distrito de Santarém, e criando as melhores formas para escoar mercadorias, nomeadamente das empresas exportadoras que estão instaladas nesta zona, garantindo segurança para todos os que utilizam estas vias de acesso”.

Da reunião, Maria do Céu Albuquerque explicou que “o sr. ministro ouviu-nos, nós não apresentámos uma solução e o sr. ministro não nos falou de qualquer tipo de solução nesta fase”. No entanto, Pedro Marques deixou um pedido: “que, até 15 de setembro, a região apresentasse uma proposta de priorização em relação a estas intervenções e, portanto, dentro de pouco tempo, a Comunidade Intermunicipal reunirá com este assunto na agenda para poder preparar um documento que informe sobre o que será melhor para toda esta nossa região e que apresentará ao sr. ministro para que possa ser contemplado naquilo que são os investimentos considerados prioritários para o país no próximo ciclo de investimentos, ou seja, no Portugal 2030”.

Questionada sobre a discussão que se vai seguir no seio da CIMT, Maria do Céu Albuquerque avançou que “não vai começar agora pois esta é uma discussão que é antiga e que continuará atual até termos novas condições. Não posso dizer que estamos a começar, porque não estamos verdadeiramente. O que está a acontecer nesta fase é uma redefinição daquilo que todos nós achamos que é fundamental para garantir a competitividade do nosso território, tendo por base, e isso sim, é fundamental, as características do nosso território e aquilo que são as condições do país, que são um pouco diferentes daquelas que levaram à apresentação dos investimentos aquando da criação do Plano Rodoviário Nacional”.

“Portanto, o que posso dizer neste momento, é que a nossa intenção é discutir, definir estratégias e concertarmos uma posição que nos ajude a ganhar força para garantirmos que vamos ter, efetivamente, acessibilidades que melhorem a nossa competitividade”, afirmou a autarca.

Relativamente à questão sobre se será mais pertinente a requalificação da EN 118 ou uma nova travessia, Maria do Céu Albuquerque explicou que uma não invalida a outra pois “são complementares. Uma nova travessia ou uma qualificação de alguma das existentes que garanta aquilo que são as condições exigíveis de segurança e de melhor utilização. Não nos parece que haja aqui uma incompatibilidade entre uma questão e outra. Quero fazer fé que vamos conseguir chegar a um entendimento e que vamos conseguir fazer uma proposta que garanta aquilo que é melhor para a nossa região”.

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