O comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo, David Lobato, explicou à Antena Livre que “desde o início do alerta as coisas foram sendo mais ou menos calmas e pacíficas mas, a partir das 10/ 10:30 horas, começámos a ter bastantes ocorrências”.
“Um número significativo de quedas de árvores, quedas de muros, desentupimentos, inundações, movimento de massas…” foram os principais motivos de chamadas para a Proteção Civil. Um cenário que, como disse David Lobato, se estendeu a vários municípios da sub-região, “com mais incidência nos concelhos de Abrantes, Tomar, Ourém e Torres Novas. Basicamente, todos tiveram alguns problemas”.
Quanto a números, desde o início do alerta, que começou às 00:00 de dia 18 e até às 17:30 horas desta quinta-feira, registaram-se “38 quedas de árvores, uma queda de muro, seis desentupimentos, quatro desabamentos de estruturas, como andaimes e chapas de proteção, seis inundações e dois movimentos de massa que condicionaram o trânsito em algumas estradas. Um total de 69 ocorrências que contaram com o envolvimento de 110 entidades, representando 367 operacionais envolvidos e 133 veículos”.
David Lobato confirmou que a maioria das ocorrências ficaram a dever-se ao vento forte, “que nos ocupou boa parte da manhã e resto de tarde, com as quedas de árvores e de estruturas”. Considerou também que, no que respeita às inundações, “os nossos serviços municipais de Proteção Civil fizeram um excelente trabalho, sempre numa ação preventiva como o desentupimento de sarjetas, limpeza de vias, limpeza de ribeiras… e isso também levou a um decréscimo daquilo que eram as ocorrências habituais, em sítios normalmente complicados”.
Para além das ocorrências devido às condições climatéricas, o comandante sub-regional do Médio Tejo lembrou que “tivemos as ocorrências habituais de doença súbita e emergência pré-hospitalar” e ainda “13 acidentes de viação, dos quais resultaram oito feridos”.
Já em consequência das condições meteorológicas adversas, o Médio Tejo “felizmente, não tem qualquer ferido a registar”.
No entanto, David Lobato deixa o alerta para os próximos dias pois “domingo temos aqui uma previsibilidade de podermos vir a ter uma situação também anormal. Não tão crítica como esta, mas vamos ver”.