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Médio Tejo: Bibliotecas do Médio Tejo não aderem à BiblioLED

28/01/2025 às 15:45

A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo não assinou o protocolo que visa a implementação do novo serviço das bibliotecas públicas, o BiblioLED (serviço de empréstimo gratuito de livros digitais e audiolivros).
Esta decisão foi tomada pelos Municípios do Médio Tejo, apesar do programa BiblioLED, o qual é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e desenvolvido pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

Esta posição é assumida pelo Conselho Intermunicipal do Médio Tejo porque discorda das conclusões do processo que culminou com a exclusão da biblioteca de Vila Nova da Barquinha da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. Esta exclusão aconteceu em 2019 e foi da responsabilidade da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas. Uma decisão, de acordo com uma nota informativa da CIM, que já teve várias tentativas de resolução, até agora infrutíferas.

Na mesma nota a Comunidade Intermunicipal considera esta exclusão “injusta face aos serviços que a biblioteca de Vila Nova da Barquinha oferece, na linha de todas as recomendações e princípios defendidos, por exemplo, pelo Manifesto da IFLA-UNESCO, e adaptados ao seu próprio contexto local; desproporcional uma vez que não se conhece qualquer procedimento de escrutínio semelhante no seio daquela rede nacional; e, sobretudo, absolutamente ineficaz, não produzindo outro efeito que não o aprofundamento das desigualdades entre serviços e níveis de equipamentos disponibilizados, contrário aos objetivos da rede nacional, e contrário à coesão territorial no Médio Tejo.”

Esta exclusão já impediu que o Município de Vila Nova da Barquinha pudesse beneficiar dos diferentes projetos intermunicipais, entretanto desenvolvidos: “no âmbito do PADES (Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Serviços), o projeto “Cidadania Informada e Ativa”, com aquisição de equipamentos e realização de ações de capacitação; ao abrigo do PRR, aquisição de computadores para postos públicos e desenvolvimento do catálogo coletivo das bibliotecas públicas do Médio Tejo.”

A conclusão dos autarcas do Médio Tejo é que, mesmo reconhecendo “o mérito desta nova plataforma BiblioLED, a CIM Médio Tejo não pode aceitar associar-se a mais um projeto que volta a deixar de parte Vila Nova da Barquinha, a sua biblioteca e os seus munícipes.”

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