O fogo que deflagrou ontem, pouco depois das 16:00 em S. Pedro, Tomar, e que passou o rio Zêzere tendo alastrado, em três frentes, para os concelhos de Abrantes (Martinchel) e Constância (Montalvo) entrou em fase de resolução.
Segundo dados da Autoridade Nacional da Proteção Civil, às 12:30 o fogo estava considerado em resolução. No terreno estavam, a esta hora, 490 operacionais, 144 viaturas e 2 meios aéreos.
O fogo ganhou dimensão quando ontem se partiu em dois, tendo uma das frentes causado enorme preocupação e perigo para a freguesia de Martinchel e as diversas aldeias desta zona.
Na altura uma viatura dos bombeiros de Abrantes ficou parcialmente queimada e um bombeiro, da mesma corporação ferido, tendo sido transportado à unidade hospitalar de Abrantes, do Centro Hospitalar do Médio Tejo.
Sobre este assunto o Comandante Distrital, Mário Silvestre, veio a confirmar, já à entrada da noite, que o veículo teve uma avaria mecânica na frente de fogo e ficou queimado por baixo, ou seja, nas tubagens, não ficando, desta forma, inoperacional. Já o bombeiro, com ferimentos ligeiros, foi observado no hospital e teve alta ao início da noite, tratando-se de um ferido leve.
Ao longo de toda a noite a população de Montalvo andou levantada pois o fogo passou ao largo da aldeia. Foi ali que os meios foram sendo concentrados para barrar a evolução das chamas durante a madrugada, altura em que as temperaturas baixam e a humidade aumenta.
De referir que a A23 nunca foi cortada, embora, tanto a concessionária como a GNR, tenham estado em permanência a avaliar a progressão do fogo para decidir um eventual corte do trânsito, o que não se verificou necessário.
Nota para o vento fortíssimo que se fez sentir ao longo de toda a tarde e que foi um dos grandes problemas para as forças de combate ao fogo, no terreno.
Foto: Zona industrial de Montalvo (19:00 sábado)